A diretoria do Palmeiras apresentou ao Conselho Deliberativo do clube, na noite de segunda-feira (29), os resultados financeiros de 2017. O time paulista faturou na última temporada R$ 531 milhões, a maior receita de sua história. Além disso, pela primeira vez nos últimos sete anos, o time ficou com superávit no patrimônio líquido.
Outro fato celebrado pela diretoria do Palmeiras é que em nenhum mês do ano o time ficou com déficit. Ao longo da última temporada, o clube registrou resultado positivo de R$ 29 milhões, contra um déficit de R$ 28 milhões na temporada anterior.
Além dos valores recebidos ao longo de 2017, o Palmeiras divulgou a previsão de receita para 2018, com valores que não incluem premiações ou vendas de jogadores. Para a atual temporada, o clube espera receber R$ 477 milhões.
Nos últimos anos, o Palmeiras tem diversificado suas receitas, entre televisão, patrocínios e bilheteria. Seu patrocínio máster, por outro lado, ainda mantém um peso predominante nas finanças do time. Atualmente, a Crefisa arca com R$ 78 milhões ao clube somente com os aportes expostos na camisa do time, sem considerar outros investimentos do grupo.
Mas, mesmo com o faturamento recorde, o Palmeiras ainda tem um problema; o resultado poderia ser melhor, caso o time não mantivesse os imbróglios jurídicos com a construtora WTorre, que administra o Allianz Parque. Hoje, o time convive com brigas nas Justiça com seu parceiro de arena, e a companhia não tem repassado os 20% que o clube tem direito por faturamento que não seja bilheteria. Por outro lado, a empresa não tem cobrado uma taxa de manutenção prevista em contrato.
Como o problema ainda corre na Justiça, o clube não se pronuncia sobre o caso. Segundo a Máquina do Esporte apurou, o Palmeiras deveria ter recebido cerca de R$ 15 milhões, diluídos ao longo da existência do Allianz Parque, desde 2014.
Na segunda-feira (29), o jornal “Folha de S.Paulo” divulgou os ganhos da WTorre com o estádio, que envolvem receitas como naming rights, aluguel para shows, camarotes e espaços coorporativos, entre outros. A construtora teve ao longo desses anos uma receita líquida de R$ 146 milhões.
O Palmeiras, por outro lado, também tem faturado alto com o local, mesmo com a dependência exclusiva dos valores de bilheteria. Desde que o estádio foi aberto, o time já lucrou R$ 122 milhões, sem contar os jogos da Libertadores, que não têm borderôs divulgados com a receita líquida das entradas.