Os Estados Unidos receberão a Copa do Mundo de 2026, em uma parceria com México e Canadá, mas o país ainda está longe de ter grande familiaridade com o torneio. No início do Mundial da Rússia, a mídia americana tenta inteirar os torcedores locais com o evento que parece parar o mundo inteiro, menos a América do Norte. E as manchetes são no mínimo curiosas para os outros públicos, como o brasileiro.
O melhor símbolo desse esforço está justamente no mais famoso jornal dos Estados Unidos: “Como falar sobre a Copa do Mundo e parecer razoavelmente inteligente”, publicou o “New York Times” na quinta-feira (14). “Não sabe nada sobre futebol, mas sabe que você será forçado a se importar? Nós te ajudaremos!”, completa o jornal para abrir um guia bastante básico sobre o torneio na Rússia.
O periódico nova-iorquino não foi exceção. Os outros dois jornais de maior renome no mercado americano, o “Washington Post” e o “Boston Globe”, apostaram na ajuda em escolher um time para torcer, já que os Estados Unidos nem se classificaram. “Um guia americano para escolher um time”, disse o jornal de Boston, que chamou a seleção brasileira de “escolha previsível, mas precisa”. Sobre o time verde e amarelo, a publicação da capital americana preferiu exaltar o talento de Neymar.
Grandes canais de publicação seguiram a linha do “New York Times”, ainda que sem o tom escrachado. O site da revista “Time” fez uma publicação para detalhar fatores que passavam pelo principal estádio de Moscou, o momento de Cristiano Ronaldo e até os problemas com hooligans. O canal CBS fez algo semelhante em seu site, com um guia em que o primeiro item esclarece bem a relação entre americanos e o Mundial: “O que é a Copa do Mundo?”.
Aparentemente, as lições de 1994 ficaram para trás, mas ainda há tempo para aprender até 2026. Pelo menos dessa vez eles terão a companhia dos mexicanos para passar cola.