A apresentação de Cristiano Ronaldo como novo reforço da Juventus, durante a manhã e tarde desta segunda-feira (16), deu mostras de como será trabalhada a imagem do jogador pelo seu novo clube e, também, de como ele é vital para que os negócios da Juventus amplie em regiões estratégicas.
Desde a chegada ao J Medical, centro de medicina criado pela Juventus em Turim, até o momento em que deu a primeira entrevista como jogador da equipe italiana, Cristiano Ronaldo foi constantemente filmado pelas redes sociais da Juve, que batizou a ação de #CR7DAY. O projeto faz parte do plano de expansão do clube para novos mercados, especialmente os da Ásia e Estados Unidos, onde CR7 é ídolo.
A expectativa da Juventus, além do desempenho esportivo, é de turbinar as receitas com novos acordos comerciais. O clube italiano é, há quatro anos, o décimo de maior receita do futebol mundial, segundo dados da consultoria Delloitte.
Em 2017, a Vecchia Signora faturou cerca de € 406 milhões, cerca de 20% a mais que no ano anterior. O problema é que esse crescimento foi proveniente do contrato de TV, que responde por cerca de 58% de toda a arrecadação do clube.
A receita comercial da Juve variou pouco de um ano para outro (11% a mais, de € 100 milhões para € 114 milhões), o que levou o clube a buscar Cristiano Ronaldo também para ajudar a incrementar o ganho com novos acordos comerciais.
Os mercados da Ásia e dos Estados Unidos, onde o culto ao ídolo é maior que ao clube, têm sido importantes para o crescimento de clubes como o PSG, que contratou Neymar mirando exatamente essas regiões. Agora, com CR7, a tendência é de novos contratos serem fechados pela Juventus.
Pelo apetite do público, o tiro foi certo. Mais de 520 mil camisas já foram vendidas com o número 7 e o nome Ronaldo às costas. Só para se ter uma ideia, em todo o ano de 2016, a Juve comercializou um total de 850 mil camisas.