Não é mais dúvida para ninguém que a Fórmula E vem crescendo desde que foi criada. Atualmente na quinta temporada, a categoria de carros elétricos vem ganhando adeptos entre pilotos, marcas e fãs de automobilismo, e ainda acabou impondo um certo contraste “Raiz x Nutella” com a maior categoria do automobilismo mundial, a quase septuagenária Fórmula 1.
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Criada nos anos 1950 e, por isso, com muita história, a F1 ainda se aproveita bastante dessa longa tradição. No entanto, com o tempo, foi se transformando em uma categoria caracterizada pelo glamour e que movimenta somas estratosféricas. No popular, era raiz e sofreu um processo de “nutellização”.
A Fórmula E, por sua vez, tenta fazer o inverso. Apesar dos temas “Nutella”, como tecnologia, sustentabilidade e eletrificação de veículos, a categoria faz de tudo para se aproximar do público. Os preços, por exemplo, são muito mais acessíveis.
Além disso, a F-E cria um espaço em cada cidade por onde passa chamado de E-Village. Trata-se de uma espécie de Fan Fest, lugares que ficaram famosos nas Copas do Mundo, em que qualquer um, tendo ou não ingresso, pode entrar.
E o conceito não tem nada de “Nutella”. É bem raiz mesmo. Neste final de semana, em Santiago, no Chile, a organização usou um imenso espaço gramado no meio do Parque O’Higgins, local da prova, para instalar o E-Village.
Lá, cada patrocinador teve o direito de montar seu próprio espaço, inclusive com ações de todos os tipos possíveis. Para comer, o público teve opções de foodtrucks. E, se quisesse comprar uma camisa de alguma equipe ou outro souvenir, bastava entrar na loja, montada na própria grama e com pouca proteção contra o calor de quase 40°C que fazia na capital chilena.
Para completar, enquanto a Fórmula 1 blinda os pilotos de todas as formas imagináveis, a Fórmula E faz questão de “desburocratizar” tudo. Foi possível, por exemplo, ver Felipe Massa passeando por áreas comuns, próximas dos torcedores, coisa impensável na F1.
“Essa é uma característica importante da Fórmula E. Dar acesso e levar as pessoas a conhecerem novas possibilidades são oportunidades de aproximar a categoria do público. E a Fórmula E tem feito isso muito bem”, afirmou Jeferson Fernandes, diretor de comunicação para a América do Sul da ABB, dona dos naming rights da categoria.
Longe do glamour da Fórmula 1, a Fórmula E tem demonstrado, de um modo geral, que vem conseguindo êxito no que se propôs a fazer.
Imenso espaço em que ficou instalado o E-Village no Parque O’Higgins (Foto: Wagner Giannella)
Red Bull fez ação com skate (Foto: Wagner Giannella)
Multinacional ABB fez ação sobre energia sustentável (Foto: Wagner Giannella)
Estande da Nissan no E-Village (Foto: Wagner Giannella)
*O repórter viajou a convite da Nissan