A primeira ação realizada pela NetBet para ativar a parceria recém-firmada com o Fortaleza pode mostrar ao mercado brasileiro a força que tem a ativação para gerar negócios aos patrocinadores. E a necessidade que as empresas de aposta têm de incentivar o consumo do torcedor pode impulsionar isso.
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Na última década, o patrocínio esportivo no Brasil viveu um retrocesso. Em busca de mais dinheiro, os clubes encareceram o valor de suas propriedades e fizeram com que a única moeda palpável para se mensurar a eficácia de um patrocínio se transformasse na exposição da marca na mídia. Ao pagar mais por uma propriedade, uma empresa tem menos verba para gastar na ativação desse patrocínio. E, assim, o sucesso de um patrocínio deixa de ser a relação que a marca tem com o consumidor e passa a ser o quanto a empresa “economizou” na compra de espaço na mídia.
O problema é que, para empresas que dependem do consumo que é relacionado ao esporte, não basta ter a marca exposta. É preciso ver o torcedor consumir. Por isso, as fabricantes de uniforme ativam suas parcerias, mas geralmente limitam-se a fazer ações quando lançam um produto. Depois disso, a performance do time é que vai determinar o sucesso das vendas.
No caso dos sites de apostas, existe uma necessidade constante de lembrar ao fã de esporte que ele precisa consumir. Foi o que fez o Fortaleza no primeiro jogo em que esteve com a marca da NetBet na camisa. Criou uma açao ligada à partida e motivou o torcedor a seguir o patrocinador no Instagram, criando o início de uma relação que pode gerar frutos aos dois lados.
Na sexta-feira (25), antes de apresentar a NetBet, o mesmo Fortaleza fez uma ação diferente para um outro patrocinador. O clube realizou a primeira entrevista coletiva do atacante Edinho, que voltou para o time após jogar no Atlético Mineiro, dentro de um empreendimento da MRV. Além disso, anunciou uma ação que dava ao sócio-torcedor do Fortaleza desconto de R$ 3 mil para comprar uma unidade do prédio. A ação foi válida apenas para aquele final de semana.
O patrocínio, para ter um retorno que vá além da exposição de marca, precisa ser uma espécie de organismo vivo. Marca e entidade esportiva têm de trabalhar em conjunto para gerar maior visibilidade à parceria e incentivar o fã a consumir.
Como as marcas de apostas precisam de uma participação constante do torcedor, poderão mostrar ao Brasil finalmente a força que tem a ativação do patrocínio.