O paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol, morreu de infarto aos 90 anos de idade. Homem forte do futebol sul-americano entre 1986 e 2013, Leoz acompanhou o crescimento da Copa Libertadores.
Em 2015, após a delação de J. Hawilla, também falecido e ex-CEO da agência Traffic, Leoz passou a ser acusado de diversos crimes de corrupção pela Justiça dos Estados Unidos. O paraguaio vivia, desde então, em regime de prisão domiciliar em seu país natal.
Por influência de Leoz, a sede da Conmebol, em Luque, zona metropolitana de Assunção, virou território diplomático. Lá, a polícia e o Ministério Público paraguaios não tinham acesso. Essa situação só mudou em 2016, por conta de toda a polêmica envolvendo corrupção na Fifa.
O ex-presidente da Conmebol também dá nome ao estádio do Libertad, clube do qual foi presidente entre 1968 e 1971. Depois, ainda foi presidente da antiga Liga Paraguaia de Futebol (atual Associação Paraguaia de Futebol) de 1971 a 1986, quando assumiu o comando da Conmebol para sair apenas 27 anos depois.