O crash do mercado de criptomoedas, que resultou na perda de US$ 270 bilhões, pode gerar um impacto nos acordos de patrocínio esportivos. O setor de blockchain vem sendo um dos que mais exploram acordos comerciais com diversas modalidades, como futebol, basquete e futebol americano.
As três grandes plataformas de criptomoedas do planeta (Crypto.com, FTX e Coinbase) investiram alguns milhões de dólares em acordos de parceria com as principais ligas e equipes esportivas do planeta nos últimos meses. As empresas recebem uma porcentagem de cada negociação. Portanto, quando o preço de uma criptomoeda cai, o mesmo ocorre com a remuneração feita por transação.
Segundo o site Front Office Sports, especialistas não esperam que os acordos de patrocínio com as principais empresas tenham problemas, mas a queda abrupta do mercado desacelerará o ritmo de novos patrocínios. A volatilidade das criptomoedas deve prejudicar ainda mais os negócios futuros.
A Web 3.0, que inclui NFTs como os negociados no NBA Top Shot, tem sido uma espécie de bênção para os esportes. A Crypto.com assinou contrato de 20 anos, no valor de US$ 700 milhões, para assumir os naming rights do tradicional ginásio Staples Center, de Los Angeles, em novembro. Além disso, também tem contratos de longo prazo, com valores acima de US$ 100 milhões, com UFC e Fórmula 1.
Já a FTX assinou um contrato de 19 anos no valor de US$ 135 milhões pelos naming rights da arena do Miami Heat. A Coinbase, por sua vez, fechou acordo multianual para se tornar a plataforma exclusiva de criptomoedas de NBA, WNBA e NBA G League, a liga de desenvolvimento da NBA.
“A Crypto.com continua totalmente comprometida com seus patrocínios esportivos. Estamos bem financiados e são contratos plurianuais, que continuarão a desempenhar um papel crucial na nossa missão de acelerar a transição do mundo para a criptomoeda”, informou a empresa de blockchain.