Os playoffs do maior campeonato de basquete do mundo começaram e, infelizmente, não vou poder acompanhar o desempenho de um dos meus jogadores favoritos: LeBron James e seu eliminado Los Angeles Lakers. Se a estratégia do time californiano foi correta ao montar seu elenco, bem, isso é papo para outro artigo. Ou até mesmo um café. Quem topa?
Brincadeiras à parte, mais uma vez a NBA acertou uma bela cesta de 3 pontos! Ou seria um “game-winning shot?” Agora, quem se destaca não são somente os candidatos a MVP da temporada regular, como Joel Embiid (Philadelphia 76ers), Nikola Jokic (Denver Nuggets) e Giannis Antetokounmpo (Milwaukee Bucks). Estamos falando da mais nova funcionalidade do seu aplicativo: o NBA Google Pixel Arena!
A ideia não surgiu por acaso. Se lembrarmos bem, logo no começo da pandemia, a National Basketball Association, em parceria com a Microsoft, já havia demonstrado como tecnologia e vida real podiam andar lado a lado. Apesar dos ginásios ainda estarem vazios, telões de mais de 5 metros foram instalados em todas as arquibancadas para transmitirem, ao vivo, a imagem de cerca de 300 fãs em suas casas. Não foi o “cenário” ideal, mas com certeza trouxe um respiro a quem estava havia tanto tempo sem sentir a emoção de um jogo ao vivo, in loco.
No caso do NBA Google Pixel Arena, o objetivo é conectar os fãs ao jogo e entre si durante as partidas ao vivo. Como? Por meio de um ambiente 3D imersivo, permitindo várias ações de gamificação, além de acompanhar os playoffs em si. O foco será o meio-tempo e o final dos duelos, com opções como criação de avatares, curiosidades, perguntas sobre lances do jogo em tempo real e fotos em 3D, entre outras possibilidades.
A cada conquista, uma das opções é o usuário desbloquear novos acessórios para seu “boneco virtual”. Ao final, é exibida uma classificação geral. Quanto mais participações, mais chances de ganhar! Para “brincar”, é fácil: basta instalar o aplicativo oficial da NBA, selecionar “Pixel Arena” e, em seguida, qual jogo quer acompanhar.
A ideia é boa, mas será que poderia ser transportada para outros esportes, como o futebol? Em tempos de sucessos como os do Cartola ou o Rei do Pitaco, diria que com certeza.
Em um passado não muito distante, em 2018, escrevi um artigo sobre como os aplicativos podem ajudar na aproximação com o torcedor, e há um case recente, de 2021, do Clube Atlético Mineiro. Ao lançar o seu aplicativo, o Galo trouxe uma gamificação e uma experiência de realidade aumentada para que os torcedores pudessem de fato ver na prática o uso desse novo canal de forma divertida e disruptiva. Era possível tirar uma foto com a taça de campeão mineiro em qualquer lugar, apenas pelo aplicativo do Galo. Resultado? Sucesso absoluto com mais de 60 mil downloads em menos de 48 horas.
No caso do Cartola, a mescla do real com o virtual é evidente, tendo como foco o desempenho técnico de cada jogador, o famoso “scout”. Agora, imagine criar algo voltado somente para seu time do coração, com perguntas como “Quantos quilômetros o atacante correu?“, “Quantos escanteios sua equipe teve a favor?“, “Em qual minuto saiu o primeiro gol?“, “Quem levou o último cartão amarelo?“.
As opções são infinitas e, no caso, o próprio fã pode ajudar na criação de outras perguntas ou na cocriação de elementos que possam ampliar o engajamento de quem consome esporte ou seu time do coração. Aliás, uso essa frase quase que diariamente e na maioria dos meus artigos.
Uma regra que aprendi em quase 30 anos como executivo de contact center é que o cliente sempre tem razão e, especificamente nesses últimos cinco anos atuando diretamente no marketing esportivo, é que o fã sempre deve ser o centro das discussões e o protagonista de qualquer iniciativa. É isso que mais uma vez a NBA nos presenteia com aulas, palestras ou seminários.
E você, como anda o aplicativo do seu time do coração? Quando foi a última vez que abriu caminhos para ouvir seu torcedor, suas ideias e pontos de melhoria ou até mesmo te trouxe para construir em conjunto novas jornadas de engajamento e consumo?
Pense nisso!
Até a próxima!
Reginaldo Diniz é cofundador e CEO do Grupo End to End e escreve mensalmente na Máquina do Esporte