O Vasco deve anunciar, nesta segunda-feira (21), um acordo bilionário com a 777 Partners para a venda de 70% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. Pelas conversas já acertadas com os investidores americanos, a empresa aportará R$ 700 milhões ao clube em parcelas, além de assumir R$ 700 milhões de dívidas do time de São Januário.
De acordo com o jornal O Globo, o presidente do Vasco, Jorge Salgado, e o fundador da 777 Partners, Joshua Wander, já se reuniram em Miami, onde fica a sede da empresa, e assinaram um contrato nesse sentido. Agora, o documento terá que ser aprovado pelo Conselho Deliberativo e pela Assembleia Geral de sócios do Vasco, em um caminho semelhante ao que ocorreu com o Botafogo e o investidor John Textor.
Segundo o site oficial da 777 Partners, o grupo possui investimentos em diversos setores: aviação, consumo e finanças comerciais, seguros, finanças de litígio e mídia e entretenimento. Criado em 2015, o grupo gere ativos de mais de US$ 3 bilhões, com participação em cerca de 50 empresas.
Na categoria mídia e entretenimento, estão incluídas a propriedade de 99,9% do Genoa, clube tradicional da Itália, e participação minoritária no Sevilla, da Espanha.
Apesar disso, os investimentos da 777 Partners no futebol ainda não vingaram. Em setembro, portanto já com a temporada em andamento, o grupo pagou € 150 milhões para assumir o controle do Genoa, dono de nove títulos do Campeonato Italiano. O clube é o quarto maior vencedor da história do torneio, ficando atrás apenas de Juventus, Internazionale e Milan.
Em crise, porém, o clube ocupa a vice-lanterna do Campeonato Italiano e é sério candidato ao rebaixamento. A equipe não vence um jogo pela Serie A desde setembro, quando derrotou o Cagliari por 3 a 2. Desde então, foram 13 empates e 10 derrotas, incluindo um humilhante 6 a 0 para a Fiorentina.
Já o Sevilla vive situação bem diferente. O time é o vice-líder do Campeonato Espanhol, com 51 pontos, atrás apenas do Real Madrid e à frente dos gigantes Barcelona e Atlético de Madrid.
Mas o poder de decisão da 777 Partners no time espanhol é limitado. O grupo possui apenas 12% das ações do Sevilla. Em dezembro, apresentou plano de abrir o capital do clube como forma de garantir o controle da equipe.
A ideia era que, com isso, a empresa pudesse modernizar a estratégia de marketing do time e melhorar as negociações de transferência de jogadores. Outro plano era modernizar o Estádio Ramón Sánchez Pizjuán como forma de arrecadar mais. No entanto, a estratégia não funcionou, e a 777 Partners permanece com participação minoritária na agremiação.