Depois de 11 anos, o Bradesco deixou de patrocinar o esporte de alto rendimento no Brasil. O banco, que foi patrocinador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e chegou a ser o principal patrocinador de seis confederações, decidiu encerrar o apoio às três entidades com as quais tinha contrato até dezembro de 2021.
O fim dos patrocínios era esperado. Depois de ter feito um grande movimento dentro do esporte pré-Rio 2016, o banco foi aos poucos reduzindo a presença no segmento. Além da primeira Olimpíada brasileira, o Bradesco apoiou as confederações brasileiras de basquete, judô, natação, remo, rúgbi e vela. Nos Jogos de Tóquio 2020, apenas judô, rúgbi e vela seguiam com o patrocínio do banco, que foi prolongado por mais um ano por conta da pandemia.
As confederações já haviam sido avisadas de que os acordos seriam encerrados, mas apenas nesta segunda semana de janeiro todos os trâmites burocráticos foram finalizados. A reportagem da Máquina do Esporte entrou em contato com o banco, que confirmou as saídas e enviou um pronunciamento oficial sobre o fim das parcerias.
Nele, o Bradesco afirma que manterá apenas o investimento no esporte como formação social. Há mais de 30 anos, na sede do banco, em Osasco (SP), é mantido o programa ADC Bradesco Esportes e Educação, com núcleos de basquete e vôlei para meninas. Confira abaixo a íntegra do comunicado do Bradesco:
“Ao final de 2021, o Bradesco completou um ciclo de 11 anos consecutivos como patrocinador máster da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) e da Confederação Brasileira de Vela (CBVela). Ao longo desse período, que compreendeu três ciclos olímpicos, as modalidades acumularam centenas de conquistas e, mais importante, contribuíram para a inclusão social e desenvolvimento de milhares de brasileiros e brasileiras. O Bradesco agradece às instituições, dirigentes e aos atletas pela dedicação ao esporte nacional, que transforma a vida de pessoas ligadas a essas três categorias. O Banco continuará a apoiar o esporte brasileiro sob a crença de seu potencial de transformação social, em especial através da ADC Bradesco Esportes e Educação, projeto proprietário que há mais de 30 anos promove a cidadania e a inclusão social de milhares de meninas nas modalidades vôlei e basquete.”