Apesar de não passar pelo Brasil, a tocha olímpica terá mais um representante brasileiro em seu trajeto. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, comunicou que carregará o símbolo dos Jogos no próximo sábado. A cerimônia de inauguração da tocha aconteceu na última segunda-feira e foi marcada por uma série de protestos por parte de manifestantes que protestam contra as supostas violações aos direitos humanos na China, defendendo a independência do Tibete. A série de protestos que atinge os Jogos vem preocupando os investidores e países participantes da competição. Austrália, Estados Unidos e Alemanha são apenas alguns dos países que reiteraram presença nas Olimpíadas. Segundo eles, boicotar o evento puniria apenas os atletas e nada mudaria na relação entre China e Tibete. A França é uma das poucas que se diferencia do grupo. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, não descartou uma possível ausência na cerimônia de abertura como forma de pressionar as autoridades chinesas. Enquanto isso, investidores como Volkswagen e Lenovo, que são patrocinadores oficiais do trajeto da tocha, se preocupam com a ligação de sua imagem com os possíveis protestos e o excesso de militares. A Adidas é outra que não esconde a preocupação. Apesar disso, eles descartam retirar seus investimentos. Depois de ser acesa na Grécia, a tocha passará por 19 países, 113 pontos chineses, além de 21 cidades estrangeiras. Em 2004, por conta dos Jogos Olímpicos de Atenas, o Brasil foi um dos pontos de passagem. Já em 2008, o brasileiro que deseja comparecer ao trajeto deverá ir até Buenos Aires, única cidade da América do Sul no caminho da tocha. A passagem está marcada para o dia 11 de abril e contará com a presença da dupla de vôlei de praia Ricardo e Emanuel.