O São Paulo fechou novo acordo com a LG para estampar suas camisas e encontrou três parceiros comerciais para investir no Morumbi. Todavia, a diretriz da equipe para seu departamento de marketing impede que a cúpula tricolor fique satisfeita com o montante amealhado. Grande aposta da atual gestão, esse departamento precisa de um salto de receita nos próximos anos. ?Antes, para fechar minha conta, minha única saída era vender atletas. Queremos mudar isso, e apostamos no marketing para trazer a receita necessária?. A frase do presidente Juvenal Juvêncio explica a avidez do São Paulo por novos contratos publicitários ou acordos comerciais. ?Nenhum clube brasileiro fazia marketing até alguns anos atrás. Nós resolvemos apostar fortemente nisso, corroborando a idéia de sermos diferentes?, completou o dirigente. O primeiro passo foi definir a quantidade de parcerias almejada. A diretoria do São Paulo estipulou a meta de encontrar um investidor para cada segmento passível de exploração no clube, com seis cotas comerciais de grande porte para intervenções focadas no Morumbi. A aposta no estádio levou o São Paulo ao segundo estágio de seu plano: transformar o local em uma unidade de negócios, aproveitando o lucro gerado para reformar o Morumbi para a Copa de 2014, que será realizada no Brasil. A possibilidade de o Morumbi sediar jogos da Copa do Mundo ainda fundamentou a argumentação de venda da diretoria tricolor. Mais do que investir no maior estádio da capital paulista, as empresas eram convidadas a associar suas marcas ao palco de partidas do torneio de 2014 ? a Fifa só confirmará as cidades que receberão a competição no dia 20 de março, e São Paulo é a favorita a realizar a abertura. ?O São Paulo está arrumando a casa para a Copa do Mundo. Estamos corrigindo nossos erros, modernizando o estádio e transformando tudo que existe aqui em um espaço que seja lucrativo?, ponderou Juvêncio. O setor térreo do Morumbi, onde funcionará um centro comercial, deve ficar pronto ainda neste ano. Além da transformação no estádio, a aposta do São Paulo no marketing representa uma tentativa de inverter o ciclo de receita do clube. A expectativa da diretoria é encontrar meios para depender menos de algumas fontes, como a negociação de atletas. ?Quem me dá sobrevida é o marketing. Eu não quero mais precisar vender um atleta para conseguir fechar meu orçamento. Estamos fazendo um trabalho para viver sem isso. Vamos negociar, mas só quando aparecerem propostas realmente boas?, finalizou o mandatário tricolor.