Recursos cada vez mais recorrentes em todos os esportes, os advergames foram especialmente explorados às vésperas do GP Brasil de Fórmula 1. Antes da prova que vai decidir a principal categoria automobilística mundial, nada menos que três empresas, em busca de recall e uma experiência única, adotaram os jogos de publicidade como estratégia de marketing. Ligadas de algum modo à Fórmula 1, Petrobras, Bridgestone e Intel utilizaram o expediente para angariar novos clientes. A primeira ação foi da marca de processadores, que montou uma corrida virtual no fim de setembro como parte de um plano que ainda incluiu paddock virtual na Daslu e ação no shopping Villa-Lobos. Na semana passada, foi a vez da Bridgestone lançar o seu advergame. No ?Pit Stop Potenza?, a empresa promove o novo tipo de pneu, que é a grande estrela do jogo, que simula uma troca rápida na Fórmula 1. Assim como a Intel, a Bridgestone premia os mais bem colocados até a prova em Interlagos. A iniciativa foi logo adotada pela Petrobras. Patrocinadora da equipe Williams, a estatal criou uma disputa em cinco etapas que vai ceder credenciais individuais para os vencedores. ?Projeto piloto?, o expediente pode virar rotina em caso de sucesso. ?Essa é uma aposta da Petrobras nessa área. A gente está monitorando o mercado, e vê que os games estão ganhando espaço. Precisamos atingir um público diferenciado, que talvez não se interesse nos postos de venda ou ações do tipo. Além de tudo, esses internautas são formadores de opinião dentro das redes sociais?, disse Diego Pila, coordenador de promoções da Petrobras. A grande mudança para a possível segunda versão é a extensão do projeto. Atualmente com tiro curto, o advergame pode ser alongado, com direito a disputas ao longo dos meses. Nesse caso, a tendência de consolidação da estratégia será consolidada. ?Acho que num primeiro momento é uma tentativa de criar uma lembrança de marca num público que não está diretamente envolvido com aquele evento. E aí você cria uma experiência única com a marca, que é muito interessante?, disse Felipe Barroso, da Sportion Marketing e Esporte. A ordem dos fatores, porém, não deve ser alterada. Apesar do sucesso, os advergames ainda são, para o especialista, um artifício das marcas na briga com as concorrentes, mas não devem assumir o ponto principal tão cedo. ?Ela pode ser uma das estratégias, pois é mais uma mídia que está surgindo. Só que ela é só mais um pilar, um complemento. Pode até ser o principal para algumas empresas especializadas, mas para o restante nem tanto”, concluiu Barroso.