A South African Tourism (SAT), equivalente à Embratur no Brasil, anunciou o rompimento do acordo firmado com a Match, empresa ligada à Fifa e responsável por viabilizar acomodação para a Copa do Mundo de 2010. Segundo a SAT, a agência da Fifa teria pressionado donos de hotéis a cederem quartos por preços abaixo do mercado. A Match não comentou o caso. A entidade máxima do futebol mundial, por intermédio de sua porta-voz, Delia Fischer, afirmou que a empresa não contestou os termos do contrato firmado com o setor hoteleiro. A crise, no entanto, já afetou os preparativos para o Mundial africano. O número de reservas feitas até o momento está abaixo da meta estabelecida Fifa, que pedia 55 mil. Apenas 35 mil quartos foram ?negociados?. O ministro do Turismo do país, Marthinus van Schalkwyk, fez um apelo para que as duas partes se entendam, mas disse que a África do Sul tem estrutura hoteleira suficiente para receber o evento. “Todos nós somos responsáveis para que a Copa na África do Sul seja um sucesso”, disse o ministro, em comunicado. O rompimento acontece no meio de uma conturbada situação política. Em setembro, Thabo Mbeki, acusado de participar de uma suposta conspiração política para impulsionar o processo por corrupção do líder do Congresso Nacional Africano (CNA), Jacob Zuma, renunciou à presidência do país. Kgalema Motlanthe ocupa o cargo interinamente até as próximas eleições gerais, previstas para abril de 2009.