A União Européia negou, nesta quarta-feira, que tenha intenção de criar um órgão regulador para o esporte continental. A possibilidade, ventilada nos últimos dias pela imprensa brit”nica, foi descartada por Jan Figel, responsável da UE pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes, que fez, no entanto, ressalvas à falta de controle no esporte. ?As federações devem agir com responsabilidade. Eles têm de pensar nos seus investimentos em longo prazo, e não em bolhas financeiras ou débitos insustentáveis. É função desses órgãos agir assim e estamos dispostos a ajudá-los, mas isso não significa que vamos impor algo ou eliminar a autoridade deles?, disse Figel, em entrevista à agência ?Reuters?. A especulação envolveu, durante alguns dias, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que teria, por meio de seu ministro do Esporte, Bernard Laporte, sugerido a criação de uma entidade reguladora nos moldes da Direção Nacional de Controle de Gestão, que interfere no futebol francês. O retorno dos principais nomes do esporte foi o pior possível. Respaldados pelas políticas do Comitê Olímpico Internacional (COI) e, principalmente, da Federação Internacional de Futebol (FIFA), que exigem autonomia das entidades esportivas, os dirigentes refutaram. ?Uma coisa importante é a proteção à autonomia do esporte e a possibilidade de que esses órgãos atuem da maneira mais apropriada. Nós não vamos apoiar nenhum tipo de proposta para criação de uma entidade reguladora da União Européia?, disse Gerry Sutcliffe, ministro dos Esportes do Reino Unido. ?Michel Platini [atual presidente da Uefa] deixou claro que ele não acredita que tenha de ter um órgão do tipo regulando as ligas nacionais, porque isso é uma responsabilidade das próprias federações?, disse William Gaillard, diretor de comunicações da entidade européia.