Tema recorrente nas declarações de dirigentes corintianos e são-paulinos durante toda a última semana, a divisão de ingressos do Morumbi para o clássico do domingo passado também motivou a primeira decisão da nova gestão de Andres Sanchez. Reeleito na disputa pela presidência do clube do Parque São Jorge com 66,9% dos votos válidos, o mandatário alvinegro ?estreou? no cargo prometendo dist”ncia do estádio nos próximos três anos. Marcado por trocas de acusações de parte a parte, que incluíram até o departamento de marketing, o pleito não apresentou dificuldades para a situação. Com 1.615 votos válidos, contra 586 de Paulo Garcia (21,2%) e 214 de Osmar Stábile (8,9%), Andres Sanchez se garantiu por mais três anos na presidência corintiana. Uma vez garantido no posto, o dirigente se apressou em dar sequência à polêmica da semana. Ainda indignado com o São Paulo, que rompeu um acordo tácito histórico e adotou a lei ao impor apenas 10% da carga de ingressos ao rival, Sanchez decidiu não alugar mais o Morumbi. ?Enquanto eu for o presidente, o Corinthians não joga mais no Morumbi. Vai ser assim pelos próximos três anos, a não ser, é claro, quando for mando de campo deles. Não tem Federação Paulista, CBF, Conmebol… Nós não vamos jogar lá?, disse o presidente recém-eleito. Se for seguida à risca, a tomada de posição vai causar impactos financeiros consideráveis às duas partes. Com a opção pelo Pacaembu ou pelo interior do Estado, o Corinthians não paga a taxa de 15% da renda total pelo aluguel do espaço, que representa uma verba considerável no planejamento do São Paulo.