A Petrobras confirmou, na última quarta-feira, um acordo com o Flamengo, que já estava fechado comercialmente desde dezembro. Logo na primeira vez em que se posicionou definitivamente sobre o assunto, a estatal anunciou que pagará R$ 14,2 milhões ao clube por um ano de contrato, valor inferior ao último compromisso. Em 2008, o Flamengo recebeu R$ 16,2 milhões pelo apoio a quatro modalidades, futebol, remo, basquete e ginástica. Na atual temporada, o último esporte foi cortado, o que ajuda a explicar a redução do aporte. O posicionamento da Petrobras, no entanto, desmente a fala do presidente Márcio Braga, que, em dezembro, anunciou um compromisso de mais três anos. A nova duração faz mais sentido em tempos da crise, já que um valor baixo pode ser ampliado depois de uma temporada de escassez. O empecilho para a assinatura do contrato, no entanto, continua inalterado. Com dificuldade para obter algumas certidões negativas de débito, o Flamengo não pode fechar o novo acordo com a Petrobras em definitivo. A situação é semelhante àquela vivida pelo rival Vasco. Fechado comercialmente com a Eletrobras desde dezembro, o clube de São Januário anuncia ter dinheiro para quitar seus débitos públicos, mas encontra dificuldades para obter os mesmos documentos nos bastidores. Se for confirmado no formato apresentado anteriormente, o contrato de patrocínio do Vasco vai se aproximar do Flamengo pela primeira vez em muitos anos. No ano passado, o clube recebeu cerca de R$ 3 milhões da MRV, e pode pular para R$ 14 milhões da Eletrobrás em 2009. A redução flamenguista, inclusive, modifica o topo da lista de acordos do tipo no futebol brasileiro. Vice-líderes do ranking até o ano passado, os cariocas agora veem o São Paulo disparado na ponta com R$ 18 milhões da LG, com o Palmeiras na segunda posição com R$ 15 milhões da Samsung. O Corinthians, outro potencial ?cabeça-de-chave? do quesito, pede R$ 20 milhões mas ainda não encontrou um parceiro no mercado.