A Fórmula 1 divulgou o balanço do segundo trimestre do ano com aumento de receitas de 49% em relação ao mesmo período de 2021. A principal categoria do automobilismo mundial arrecadou US$ 744 milhões no período, em comparação aos US$ 501 milhões que havia obtido no mesmo período do ano passado.
Pela primeira vez, o montante supera o registrado em 2019 (US$ 620 milhões), ainda no período de pré-pandemia. Em 2020, com efeito catastrófico para as finanças da categoria, a F1 registrou receita de apenas US$ 24 milhões.
“A Fórmula 1 está aproveitando ao máximo nossa crescente popularidade mundial, como evidenciado pela participação nas corridas, audiência de TV e engajamento em todas as plataformas”, festejou Greg Maffei, presidente e CEO da Liberty Media, dona dos direitos comeciais da F1.
Lucro e recuperação
Com o faturamento alcançado, o lucro no trimestre foi de US$ 65 milhões, mostrando a recuperação do campeonato após efeitos catastróficos da pandemia no automobilismo de um modo geral. No mesmo período em 2021, havia obtido prejuízo de US$ 36 milhões. Os bons resultados financeiros também fizeram as dívidas da categoria caírem US$ 148 milhões.
Segundo a F1, houve recorde de público na primeira metade da atual temporada, com quatro etapas tendo registrado mais de 300 mil torcedores. O número mostra recuperação plena após limitações de público nas corridas durante os campeonatos de 2020 e 2021 devido à Covid-19.
No período, a Liberty Media renovou alguns contratos importantes. O GP da Austrália foi renovado até 2035, enquanto a Band renovou acordo de transmissão do campeonato no Brasil até 2025. Já a Netflix assinou contrato para a quinta e sexta temporadas do “Drive to Survive”, sucesso na plataforma de streaming e que tem contribuído para renovar a base de fãs da F1.
Projeção otimista
As perspectivas para o futuro são boas, com o aumento do calendário na próxima temporada, que será o maior da história, com 24 corridas, que serão disputadas em meio a 39 semanas, de março a novembro.
Outra iniciativa que tem auxiliado na conquista de bons números é o aumento da exploração comercial nos Estados Unidos, mercado em que a F1 nunca havia trabalhado tão bem, aliado ao crescimento da base de fãs da categoria no país.
Em 2020, a audiência média era de 608 mil pessoas por corrida em território americano. No ano passado, esse número subiu para 930 mil. Em 2022, a F1 tem registrado média de 1,3 milhão de telespectadores americanos por prova. Portanto, mais do que o dobro do registrado há dois anos. Isso levou a um aumento no contrato de direitos de transmissão com a ESPN, que passou de US$ 75 milhões para US$ 90 milhões por ano.