Há apenas oito mulheres entre os participantes da 17ª edição do Rali dos Sertões, que começou na última quarta-feira. Por serem minoria em um ambiente em que os homens predominam, elas ainda são uma atração na competição. Essa é a aposta de Helena Deyama e Joseane Koerich, que formam a única equipe feminina da prova, para buscar patrocínios. Helena já disputou dez edições do rali, enquanto Joseane soma sete participações. Além da experiência, as duas admitem que o fato de serem mulheres militantes no ambiente pesou para a formação do time. ?Seria mais fácil ter um navegador homem, mas acho que o fato de ela ser mulher funciona como um atrativo. Estamos mostrando ao público a capacidade feminina. As mulheres, quando se propõem a fazer alguma coisa, são muito dedicadas?, argumentou Helena. O inusitado de serem a única dupla feminina é um argumento citado constantemente por Helena. Não só em conversas com a imprensa, mas quando a piloto sai em busca de patrocínio. Prova disso é que a Goodyear, única empresa que fornece aporte financeiro à equipe, montou um plano de ativação baseado nesse fato. A estratégia tem como pilar um curso de mec”nica básica para mulheres, ministrado por Helena em lojas da marca. Serão seis sessões espalhadas pelo Brasil ? apenas a primeira, em Campo Grande, já foi realizada -, com 50 alunas em cada edição. A formação das salas é feita por meio de promoções nas revendedoras. ?Como ainda há poucas mulheres, a tendência é que o mercado tenha um crescimento no futuro. Por isso, é muito legal trabalharmos com esse público de uma forma específica?, disse a navegadora Joseane. O contrato das duas com a Goodyear, que apoia Helena há cinco anos, vale apenas para uma edição do rali. As outras empresas presentes nos carros e nos uniformes da equipe fazem apenas parcerias baseadas em permutas com produtos. A reportagem viajou a Goi”nia por convite da agência Race