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O que passou em 2025 nos trouxe até aqui, e 2026 é logo ali

Novo ano promete aquela que, para muitos, será a maior Copa do Mundo da história do futebol

Taça Fifa, que estará em disputa na Copa do Mundo 2026 - Divulgação

Taça Fifa estará mais uma vez em disputa na Copa do Mundo de 2026 - Divulgação

Pois é, amigos: 2025 acabou. E foi um ano daqueles.

Parece que foi ontem que comecei a escrever mensalmente por aqui, com a ideia de dividir um pouco mais de informação, contexto e bastidores sobre o futebol nos Estados Unidos. Hoje, olhando para trás, fica claro que não falamos de temas isolados, mas de peças de um mesmo quebra-cabeça que agora começa a fazer ainda mais sentido.

De junho para cá, passamos pelo mercado e pela estrutura do futebol nos EUA, mergulhamos nos bastidores, ativações e aprendizados da Copa do Mundo de Clubes, e já entramos no clima da preparação para a Copa do Mundo de 2026. Falamos também do chamado ciclo de ouro do “soccer” no país, com Copa do Mundo de Clubes, Copa do Mundo de 2026, Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 e ainda a Copa do Mundo Feminina de 2031 no horizonte.

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Além disso, trouxe um olhar mais de bastidores sobre a experiência de ser técnico de futebol amador por aqui e, mais recentemente, exploramos o universo do futebol juvenil competitivo nos Estados Unidos.

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Antes de seguir adiante, fica meu agradecimento a você que acompanhou essa jornada ao longo de 2025. Escrevo sempre tentando me colocar do outro lado da tela, com uma proposta simples: conteúdo direto, dinâmico e informativo.

Olhando para tudo o que cobrimos no ano que ficou para trás, a mensagem é bastante clara: os Estados Unidos estão mais do que preparados para se tornarem uma potência no futebol. Organização, estrutura, número de praticantes, marketing, resultados em campo e, principalmente, projeção de futuro. O crescimento é latente em todas as frentes. Existem pontos falhos? Claro que existem. Como em qualquer ecossistema esportivo. Mas o que chama atenção é que esses pontos vêm sendo endereçados, um a um. Mantida essa rota, parece ser mais uma questão de “quando” do que de “se”.

E agora, sim, viraremos a página. Entraremos oficialmente em 2026, o ano da Copa do Mundo.

Apontada por muitos como a maior da história, a Copa de 2026 será inédita em vários aspectos: pela primeira vez disputada em três países-sede, com 48 seleções e um alcance global nunca visto. Também veremos estreantes absolutos como Curaçao, Cabo Verde, Jordânia e Uzbequistão, além de outras possíveis novidades que ainda podem surgir via repescagem.

Dentro de campo, as mudanças são expressivas. O número de jogos salta de 64 para 104 partidas, e o formato passa a incluir, pela primeira vez, uma fase de 16 avos de final, aumentando não só a competitividade, mas também o volume de conteúdo esportivo disponível ao longo do torneio.

Fora das quatro linhas, a Copa de 2026 promete ser igualmente transformadora. Em marketing, mídia e transmissão, o evento consolida de vez um modelo multiplataforma, com cobertura integral dos jogos tanto na TV tradicional quanto no streaming. Nos Estados Unidos, a Telemundo prepara uma operação inédita, em que exibirá todas as partidas na TV aberta e em plataformas digitais, com estúdios e equipes espalhados por várias cidades.

No Brasil, a CazéTV transmitirá todos os jogos gratuitamente pelo YouTube após uma negociação direta com a Fifa, algo sem precedentes em Copas do Mundo. A iniciativa amplia o alcance do torneio, dialoga com públicos mais jovens e aponta para um possível novo paradigma na distribuição de grandes eventos esportivos.

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Paralelamente, emissoras e marcas já colocam suas estratégias em campo. Conteúdos diários, campanhas globais e ações de aquecimento começam muito antes do apito inicial. Tudo isso reforça a ideia de que a Copa do Mundo de 2026 será muito mais do que um torneio: será uma plataforma contínua de conteúdo, marketing e experiências, que vai muito além dos dias de jogo.

Sem contar o que já está acontecendo no universo das camisas de futebol. As marcas esportivas estão a todo vapor. A Adidas, por exemplo, já lançou sua nova coleção para as federações que patrocina, como Alemanha (em sua última Copa com a marca), Argentina, México e Japão, entre outras.

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A Nike, por sua vez, já soltou um drop das chamadas camisas “Hollywood” para goleiros, o que inclui seleções como Estados Unidos, Brasil, Inglaterra e França, entre outras. Para quem gosta desse tema, a Copa de 2026 promete ser um verdadeiro desfile de camisas dentro de campo.

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E já em março teremos um excelente aperitivo para esse novo ciclo. A seleção dos Estados Unidos fará dois grandes amistosos, contra Bélgica e Portugal, ambos no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, enquanto o Brasil também terá dois testes de peso, contra França e Croácia, em Boston e Orlando, respectivamente, ambas cidades com enorme base de população brasileira.

2025 ficou para trás. Foi o laboratório.

2026 é o palco.

Seguirei de olho por aqui nos principais acontecimentos e ansioso para dividir mais novidades com vocês na próxima coluna, já em janeiro. Um Feliz Natal e um excelente 2026 a todos.

O artigo acima reflete a opinião do(a) colunista e não necessariamente a da Máquina do Esporte

Cristiano Benassi, executivo de marketing esportivo com mais de 20 anos de experiência em empresas como Nike, Samsung e Adidas, é atualmente diretor sênior de produtos de consumo da Federação de Futebol dos Estados Unidos (U.S. Soccer), responsável pela parceria da entidade com a Nike. Formado em Propaganda & Marketing, com MBA em Gestão de Marketing Esportivo, também já atuou na liderança de parcerias estratégicas com atletas, clubes, federações e grandes eventos como Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Champions League

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