Na próxima quarta-feira (26), entraremos na contagem regressiva de 365 dias para Paris 2024.
Daqui a um ano (e dois dias), o mundo se reunirá na capital francesa para celebrar o maior evento esportivo do planeta: os Jogos Olímpicos.
Depois de uma edição adiada em Tóquio (realizada em 2021) por conta da pandemia de Covid-19, Paris promete realizar os maiores Jogos Olímpicos da história.
Para se ter uma ideia, a abertura oficial será realizada pela primeira vez a céu aberto, no Rio Sena, com 160 barcos apresentando as delegações por um trajeto de aproximadamente 6km.
Após os Jogos de Tóquio, vimos um boom de atletas sendo utilizados em campanhas publicitárias, em especial aqueles e aquelas que conseguiram a tão sonhada medalha de ouro. A pergunta que sempre fica é: se tivessem sido prata ou bronze, teriam o mesmo impacto?
Será mesmo que vale só investir em quem é medalha de ouro? Por que não investir agora para potencializarmos os números do nosso país no famoso “quadro de medalhas”?
Apoiar um(a) atleta olímpico(a) nessa caminhada até os Jogos é fundamental para que ele(a) tenha maior estrutura e melhor preparação para atingir seus objetivos.
A verba dos patrocinadores permite aos atletas, por exemplo, arcar com os custos de viagem das pessoas que são fundamentais no seu staff, além de investir em equipamentos de treinamento, fisioterapia, facilitação logística para competições e, claro, ter mais lucratividade.
Esses investimentos variam de acordo com algumas premissas, tais como (não necessariamente nessa ordem):
- Visibilidade da modalidade;
- Histórico no esporte;
- Chance de medalha em Paris 2024;
- Dinâmica de voz, oratória e capacidade de comunicação;
- Força digital do(a) atleta (engajamento, audiência, etc.);
- Escopo do contrato (mais entregas digitais ou mais entregas presenciais).
Acredite se quiser: com R$ 120 mil por ano, uma empresa consegue patrocinar um atleta que chega como favorito ao ouro.
Para mim, profissional acostumado com o mundo do futebol, principalmente clubes, é uma diferença abissal.
Claro que não dá para comparar “banana com laranja”. São coisas totalmente distintas. Mas pensa comigo: R$ 120 mil, R$ 150 mil ou até mesmo R$ 300 mil anuais para investir em um(a) atleta de ponta que pode servir de inspiração para muitos jovens, que te dará a oportunidade de maximizar esse patrocínio por meio de ativações, palestras, clínicas, etc.
É fundamental que as empresas comecem a olhar para isso e, quem sabe, uma onda de parcerias se faça presente com diversos atletas e modalidades sendo patrocinados. Não por conta de ter sido medalha de ouro, mas sim porque ele(a) é esperança de medalha, independentemente da cor.
Para um país de dimensões continentais, que não tem o investimento ideal na maioria das modalidades, reconhecer o valor desses atletas é papel fundamental da nossa sociedade, pois não são apenas competidores, mas também embaixadores do Brasil, carregando nossa cultura e nossa história em cada canto do mundo. Seu esforço, dedicação e talento merecem ser amplificados e apoiados em todas as etapas de suas trajetórias.
Com o apoio das principais empresas e marcas que atuam no Brasil, podemos criar um vínculo único entre atletas e fãs, amplificando suas vozes e fortalecendo suas carreiras.
A contagem regressiva já começou.
Bernardo Pontes, executivo de marketing com passagens por clubes como Fluminense, Vasco, Cruzeiro, Corinthians e Flamengo, é sócio da Alob Sports (agência de marketing esportivo especializada em intermediação e ativação no esporte, que conecta atletas e personalidades esportivas a marcas) e escreve mensalmente na Máquina do Esporte