A ESPN firmou um contrato de oito anos no valor de US$ 920 milhões (ou R$ 4,5 bilhões pela cotação atual) com a National Collegiate Athletic Association (NCAA, na sigla em inglês), para os direitos de transmissão domésticos de mais de 40 campeonatos esportivos universitários.
O contrato atribui um valor de US$ 65 milhões anuais ao campeonato de basquete feminino, incluindo o torneio de destaque March Madness, parte mais significativa do pacote. O acordo anterior, firmado em 2011, valia US$ 34 milhões por ano e englobava 29 campeonatos. Houve, portanto, uma valorização de 2.605% na transmissão dos torneios universitários ao longo de doze anos.
Dos 40 campeonatos abrangidos pelo contrato, 21 são femininos e 19 são masculinos. Entretanto, o novo acordo entrará em vigor apenas a partir de setembro de 2024.
Estratégia da NCAA
Havia especulações sobre a possibilidade de a NCAA desmembrar os direitos do March Madness para aproveitar o aumento na audiência e, consequentemente, elevar as receitas. Contudo, a decisão final foi manter os direitos em conjunto e continuar com a ESPN como parceira, garantindo que mais esportes se beneficiem da abrangência de suas plataformas. O contrato inclui, no entanto, o compromisso de transmitir o jogo final do campeonato na rede ABC.
Por outro lado, o torneio masculino já é comercializado separadamente, com a CBS e a Warner Bros. Discovery compartilhando os direitos por US$ 900 milhões ao ano até 2032. Esses torneios são, tradicionalmente, fontes de recrutamento para as principais ligas de basquete dos Estados Unidos, a NBA e a WNBA.
“ESPN e a NCAA têm mantido uma relação forte e colaborativa por mais de quatro décadas, e estamos empolgados que isso continue como parte deste novo acordo de longo prazo”, disse o presidente da ESPN, Jimmy Pitaro.
“Este acordo também fortalece ainda mais nosso compromisso com os esportes femininos e ajudará a impulsionar nosso crescimento contínuo, incluindo no espaço de streaming, que é fundamental”, acrescentou Pitaro.
“A NCAA trabalhou diligentemente no último ano para garantir que este novo contrato de transmissão ofereça o melhor resultado possível para todos os campeonatos universitários, e em particular para os campeonatos femininos”, afirmou Charlie Baker, presidente da NCAA.