A WNBA anunciou um aumento de capital de US$ 75 milhões, a maior quantia já arrecadada em uma única rodada de investimento por uma franquia de esportes femininos. Os investidores receberam participação na liga, que anteriormente era 50% de propriedade das 30 equipes da NBA e 50% de propriedade das 12 equipes da WNBA.
O grupo de investidores inclui alguns donos de times da WNBA e NBA. É o caso de Joe e Clara Tsai, proprietários do New York Liberty (WNBA) e do Brooklyn Nets (NBA); do dono do Dallas Wings (WNBA), Bill Cameron; e de Ted Leonsis, que possui o Washington Mystics (WNBA) e o Washington Wizards (NBA).
Nesse grupo também há investidores de fora da WNBA, como a ex-secretária de Estado Condoleeza Rice; Dee Haslam e Whitney Johnson, donos do Cleveland Browns (NFL) e Columbus Crew (MLS); Micky e Nick Arison, donos do Miami Heat (NBA); e a ex-jogadora de basquete Swin Cash, vice-presidente de operações do New Orleans Pelicans (NBA).
A comissária da WNBA, Cathy Engelbert, acredita que há uma transformação de negócios para a liga desde que assumiu em julho de 2019. A ex-CEO da consultoria Deloitte disse que muitos modelos econômicos foram discutidos antes dessa rodada de levantamento de capital.
“Houve muita discussão. Como poderíamos continuar a obter um modelo econômico para apoiar todos os compromissos que estavam sendo assumidos pela liga e pelos proprietários no acordo coletivo [de trabalho, que regula os salários na liga]? Ou deveríamos tentar levantar capital de fora?”, afirmou a dirigente, em entrevista ao site The Athletic.
“Há muito capital disponível, as taxas de juros estão muito baixas, as pessoas estão procurando investimentos em ações, há pessoas que compartilham nossos valores e querem investir no esporte feminino”, acrescentou.
Engelbert disse que o dinheiro será usado para as áreas prioritárias da liga, incluindo marketing de jogadoras, engajamento de torcedores, fortalecimento da marca, recursos humanos e pontos de venda para o consumidor.
A liga já começou a se movimentar nessa direção. Recentemente, a WNBA anunciou a contratação de Colie Edison como seu primeiro diretor de crescimento, com o objetivo de reforçar os produtos digitais, como o WNBA.com e o WNBA LeaguePass. Engelbert disse que a liga precisará investir mais em capital humano.
“Para expandir um negócio, você precisa ter acesso ao capital, mas você também precisa de pessoas para implantar e efetuar as transformações que você quer”, afirmou.
A WNBA também aumentará o investimento para entender melhor os consumidores. Engelbert disse que a liga já está fazendo essa pesquisa, mas que, com o aumento do capital, poderia acelerar esse processo. Outro passo seria na expansão da liga. Atualmente, a WNBA conta com apenas 12 franquias. Como comparação, a NBA tem 30 equipes.
“Queríamos aumentar as transformações no modelo econômico da liga e das equipes. Não queríamos trazer novas equipes para herdar um modelo econômico ruim. Estamos fazendo um enorme progresso. Acho que isso será um sinal muito bom para os novos proprietários que entrarem na liga de que temos esse compromisso. Com a expansão, isso certamente nos ajudará a avançar mais rápido e a expandir mais rapidamente”, finalizou Engelbert.