Com menos de duas semanas para o início da Copa do Mundo 2022, que será no próximo dia 20, muitas marcas procuram a todo custo associar sua imagem ao evento, buscando atrair a atenção do público fã de futebol. Via de regra, as abordagens são sempre positivas. Mas há exceções.
A cervejaria escocesa BrewDog resolveu ousar e anunciar nesta semana o “antipatrocínio” à Copa do Mundo, que será realizada no Catar. A empresa chega a usar a expressão em inglês “f…” (conhecido termo de baixo calão, usado naquele idioma) para se referir à competição.
A campanha publicitária não ficou restrita às redes sociais e se espalhou por diversas mídias, como outdoors e propagandas em pontos de ônibus. O CEO da BrewDog, James Watt, chegou a postar o texto em sua conta no LinkedIn, em tom de manifesto, explicando as razões do antipatrocínio feito pela marca.
A publicação acusa o Catar de ter ganhado a indicação para sede do Mundial “na base do suborno” feito “em escala industrial”. “Para sermos claros, amamos futebol, mas não amamos corrupção, abusos e morte”, afirma o texto.
A BrewDog argumenta que o futebol deveria ser “para todos”, situação que, segundo a empresa, não ocorre no país-sede da Copa.
“Mas no Catar, a homossexualidade é ilegal, açoitamento é uma forma aceita de punição e está tudo bem que 6.500 trabalhadores tenham morrido construindo estádios”, alega a marca.
A empresa anunciou que todos os lucros obtidos com a venda da cerveja Lost Lager durante o período da Copa do Mundo 2022 serão destinados a iniciativas de combate aos abusos contra os direitos humanos.