A poucos dias do início da Copa do Mundo do Catar, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, pediu um cessar-fogo na guerra da Ucrânia durante o período do Mundial, que será disputado entre 20 de novembro e 18 de dezembro. Russos e ucranianos são protagonistas do confronto armado desde o mês de fevereiro.
“Meu apelo a todos vocês é que pensem em um cessar-fogo temporário por um mês durante a Copa do Mundo, ou pelo menos na implementação de alguns corredores humanitários ou qualquer coisa que possa levar à retomada do diálogo como primeiro passo para a paz”, afirmou Infantino, em um pronunciamento durante um almoço com líderes do G20 na ilha indonésia de Bali.
“A Rússia sediou a última Copa do Mundo em 2018, e a Ucrânia está se candidatando para sediar a Copa do Mundo em 2030. Talvez a atual Copa do Mundo possa realmente ser esse gatilho positivo. Vocês são os líderes mundiais, têm a capacidade de influenciar o curso da história. O futebol e a Copa do Mundo estão oferecendo a vocês e ao mundo uma plataforma única de unidade e paz em todo o mundo”, complementou o mandatário da Fifa.
O apelo de Infantino surge depois que o próprio dirigente escreveu uma carta às seleções paerticipantes da Copa do Mundo, insistindo que se concentrassem no torneio, em vez de empurrar o futebol “para todas as batalhas ideológicas ou políticas existentes”. A Dinamarca, por exemplo, foi proibida de levar mensagens de apoio aos direitos humanos ao Mundial.
No entanto, há indícios de que algumas seleções “passarão por cima” das recomendações da Fifa. Os Estados Unidos, por exemplo, apoiarão a comunidade LGBTQIA+ na forma de um escudo da seleção com tema de arco-íris dentro do centro de treinamento e sala de coletiva da equipe no Catar.
Além disso, algumas seleções europeias, como a Inglaterra, divulgaram que usariam braçadeiras de capitães também com as cores do arco-íris. Vale lembrar que a homossexualidade é ilegal no Catar.