ONG de direitos LGBT+ usa Fifa 23 para driblar proibição da braçadeira “One Love” no Catar

Alvo de polêmica nesta Copa do Mundo, chegando a ter seu uso proibido durante a competição pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), a braçadeira “One Love”, que expressa apoio aos direitos da população LGBT+, voltou a dar o que falar.  

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Uma ação desenvolvida pela organização não governamental (ONG) All Out, em parceria com a agência AlmapBBDO, conseguiu levar a “One Love” para dentro do game Fifa 23. Para isso, foi criada uma modificação de usuário (MOD), que permite aos jogadores utilizarem o adereço proibido.  

A ação foi intitulada #PlayWithLove, e a modificação é adaptável para as 32 seleções que disputam a Copa do Mundo no Catar. Ela está disponível neste site, podendo ser baixada por qualquer usuário com acesso ao Fifa 23.  

Repressão

“A questão da braçadeira é muito impressionante, porque o arco-íris estampado nela não é nem o LGBT+. E nem assim os times puderam usá-la, sob risco de sanções. Ou seja, a repressão a qualquer menção a temas LGBT+ no Catar é muito séria e coordenada. Então, imagina o que passam as pessoas LGBT+ que moram lá? É muito perigoso”, afirmou Justin Lessner, gerente de campanhas na All Out.   

A campanha #PlayWithLove também contará com streamers e pro-players nacionais e internacionais que transmitirão as suas participações ao vivo nas plataformas de streaming, destacando os jogadores utilizando a braçadeira.  

“Não depende apenas de os jogadores se posicionarem, e é neste momento que a criatividade entra. Diversidade precisa ser pauta em jogo, em quadra, na imprensa, nas redes e no mundo inteiro”, destacaram Rodrigo Almeida e Rafael Gil, diretores executivos de criação da AlmapBBDO.   

Por fim, também foi lançado um abaixo-assinado global, criado em defesa dos direitos LGBT+ no Catar.

“A Copa é o maior evento esportivo do mundo. E mesmo assim não é para todo mundo. Dentro ou fora de campo, ninguém deveria sofrer punições ou censura por defender o direito de ser quem é e amar a quem ama”, resumiu Lessner. 

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