A rede social de vídeos curtos Kwai ativou o patrocínio à seleção brasileira e a parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com a produção da série “Seleção de Estrelas”, que estreia nesta quarta-feira (19) na plataforma. Ao todo, serão 21 minidocumentários de 6 minutos cada, com lançamento de cinco vídeos por semana. A exceção será no dia 9 de novembro, quando também haverá o filme sobre o técnico Tite.
Os minidocumentários contarão a história de jogadores cotados a fazerem parte da lista de convocados para a Copa do Mundo do Catar 2022. A exceção é Neymar, cuja gravação aconteceria durante uma Data Fifa das Eliminatórias da Copa do Mundo. No entanto, o brasileiro levou um cartão amarelo, foi suspenso e antecipou a volta a Paris para se apresentar ao PSG.
A estratégia da equipe de filmagem foi se hospedar no mesmo hotel da seleção brasileira durante as Eliminatórias da Copa do Mundo. Lá, transformava uma das suítes em um estúdio e gravava com os atletas. A ideia era fazer uma entrevista de 45 minutos a uma hora.
“Os jogadores chegavam pensando que iam dar mais uma entrevista protocolar. Mas a gente estudava a trajetória de cada um. Antes da gravação, já tínhamos pesquisado a vida dos atletas, a família, quem foi seu melhor amigo de infância. E eles se surpreendiam e contavam sua história com riqueza de detalhes”, contou Miguel Varca, diretor dos minidocumentários.
História de vida
Os vídeos, que são narrados pelos próprios jogadores, contam com a participação de amigos e familiares relatando as dificuldades da infância, os desafios da jornada, os apoios essenciais e a ascensão para os principais times brasileiros e internacionais.
“Os 21 episódios buscam contar de onde surgiram essas estrelas e quais os desafios que enfrentaram até chegar à seleção brasileira. A série faz conexão do jogador com os torcedores, faz dos jogadores uma inspiração”
Claudine Bayma, diretora de marketing e branding do Kwai Brasil
“O vídeo do Alisson me emocionou muito. Ele é de uma família de goleiros: o avô, o pai e a mãe foram goleiros, o irmão [Muriel] também é goleiro. Ele lembrou uma frase que o pai sempre dizia: ‘Sonhas grande e serás grande’, no sentido de deixar um legado”, acrescentou a executiva, referindo-se a José Agostinho Becker, que morreu afogado no ano passado.
Os minidocumentários serão postados exclusivamente no perfil oficial da seleção brasileira no Kwai, com a exibição de cinco episódios por semana. Os primeiros conteúdos já estão disponíveis e também podem ser encontrados em uma página especial dentro da plataforma, dedicada a promover as estreias e incentivar os usuários a realizar atividades em apoio à seleção.
Para a estreia, os torcedores poderão conhecer as histórias de Alisson, Lucas Paquetá, Vinícius Júnior, Richarlison e Daniel Alves.
Além deles, a série documental também contará com relatos de Philippe Coutinho, Éder Militão, Guilherme Arana, Gabriel Jesus, Rodrygo, Alex Telles, Thiago Silva, Antony, Casemiro, Weverton, Marquinhos, Fred, Bruno Guimarães, Danilo e Fabinho, além do técnico Tite.
“Vimos que um brasileiro que sonha em ser jogador precisa de 6 mil horas de treino para entrar no 0,1% de chance de estar entre um dos 15 mil atletas profissionais no Brasil. Desses, somente 23 serão convocados para a Copa do Mundo”, enumerou Varca.
“A trajetória desses jogadores exigiu muita dedicação e um esforço gigante. Muitos vieram de condições extremas de pobreza e foram criados por mães solos. É um cenário que também reflete a sociedade brasileira”, completou.
Processo de produção
Em novembro de 2021, dois meses após o anúncio do patrocínio do Kwai às seleções nacionais, a plataforma deu início aos primeiros passos para a elaboração do projeto com conteúdos que contassem onde nasce o futebol brasileiro e a história de vida desses personagens.
O objetivo era explorar um formato mais pessoal, com o jogador narrando sua trajetória, além do uso de animações para dar vida aos relatos sem imagem, trazendo um olhar mais intimista. O projeto contou com Varca na direção, três pesquisadores e três roteiristas, que resgataram as memórias de cada jogador, resultando em mais de 90 horas de conteúdos gravados entre entrevistas e depoimentos.
“A CBF identificou uma desconexão da torcida com a seleção brasileira depois da Copa do Mundo de 2014”
Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF
Em sua fala, o executivo da confederação referiu-se à maior tragédia da equipe nacional, a eliminação para a Alemanha, na semifinal do torneio, com o famoso 7 a 1 no Estádio do Mineirão.
“Nesse momento, a CBF precisava se reconectar com o torcedor. E procurou um parceiro para fazer essa reconexão. Entendeu também que precisava readequar sua linguagem e se aproximar do público jovem”, acrescentou Rodrigo Paiva.
Para o diretor de comunicação, os resultados têm sido satisfatórios até o momento.
“Tivemos uma reunião recentemente com a Nike nos Estados Unidos e as vendas da nova camisa da seleção brasileira têm sido quatro a cinco vezes mais do que a marca esperava. Estamos atingindo um nível que não víamos desde a Copa de 2014”, finalizou.
*O jornalista viajou a convite da Kwai