A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) lançou a campanha “Futebol é Futebol”, que busca destacar o futebol feminino da América do Sul na preparação para o início da Copa do Mundo 2023, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia a partir desta quinta-feira (20).
A ideia da iniciativa é agregar valor ao esporte, independentemente do gênero ou da categoria em que é praticado. Segundo a Conmebol, “o objetivo é disseminar conteúdos que mostrem que no futebol todo chute é sentido, todo pênalti é sofrido e todo gol é gritado com a mesma paixão, porque jogue quem jogar, futebol é futebol”.
A campanha será difundida no espaço Passos da Paixão, em Sydney, na Austrália, e será ampliada durante o Mundial Feminino, em que participarão três seleções sul-americanas: Argentina, Brasil e Colômbia.
Desigualdade
Segundo a campanha, “na Conmebol, todas as mulheres são reconhecidas como verdadeiras guerreiras que cresceram na adversidade e que, com sua determinação e perseverança, são as estrelas do presente do futebol sul-americano, colocando-o em seu devido lugar”.
Apesar da iniciativa, a América do Sul ainda enfrenta grande desigualdade de investimentos e premiações entre homens e mulheres. Neste ano, por exemplo, a própria Conmebol aumentou a premiação da Libertadores Feminina em 68%. No entanto, o torneio distribui apenas US$ 3,35 milhões (R$ 16,05 milhões, na cotação atual) em premiação total. Já a competição masculina paga aos participantes US$ 207,8 milhões (R$ 995,63 milhões).
Ou seja, a mais importante competição sul-americana feminina de clubes recebe o equivalente a 1,61% de sua versão masculina. Apesar disso, para Alejandro Domínguez, o futebol feminino já conta com grande desenvolvimento na América do Sul.
“A evolução do futebol feminino não é obra do acaso. É fruto do esforço de milhares de meninas e jovens que amam o futebol e que há décadas enfrentam e derrotam preconceitos e exclusões”
Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol
“Esse é o caminho para a América do Sul ocupar o lugar de potência mundial a que está destinada por sua história, sua capacidade, seu esforço e sua paixão. Com perseverança e talento, as meninas e mulheres da América do Sul conquistarão o mundo. O futebol feminino sul-americano não tem teto. Vamos continuar acreditando no grande”, completou o dirigente paraguaio.