Agora é oficial: o Brasil tem “apenas” dois projetos concorrentes pelo direito de sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Nos últimos dias, a Fifa recebeu a candidatura brasileira e também a candidatura tripla europeia, que engloba Bélgica, Holanda e Alemanha, e a candidatura dupla da América do Norte, que inclui Estados Unidos e México. A decisão será revelada em um congresso da entidade que está marcado para 17 de maio de 2024, em Bangcoc, na Tailândia.
Chamados de “Bid Books”, os cadernos com as propostas já estão disponíveis no site da Fifa e podem ser consultados por qualquer pessoa que tiver interesse (Bid Book 1, Bid Book 2 e Bid Book 3). No caso brasileiro, são mais de 160 páginas em que são fornecidas informações referentes à infraestrutura, como descrição dos estádios aptos a receber as partidas, dos centros de treinamento e da rede hoteleira nas dez cidades-sede propostas: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Vale destacar que todas elas sediaram jogos da Copa do Mundo de 2014, tendo estádios que foram erguidos ou remodelados para aquela edição do torneio. Apenas duas que abrigaram jogos do Mundial de nove anos atrás não fazem parte das cidades propostas a serem anfitriãs em 2027: Curitiba (PR) e Natal (RN).
Como curiosidade, a “papelada” brasileira conta com o aval e a assinatura de Ednaldo Rodrigues, que era presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até a última quinta-feira (7), quando a 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) anulou a eleição do baiano e o retirou do cargo. A Fifa, inclusive, já revelou que o Brasil corre o risco de sofrer sanções por conta da destituição de Rodrigues da entidade que comanda o futebol nacional.
Próximos passos
Como parte do “processo de licitação mais robusto e abrangente da história da Copa do Mundo Feminina”, a Fifa fará uma avaliação completa, incluindo visitas de inspeção in loco que deverão começar em fevereiro de 2024, antes de publicar suas conclusões em um relatório em maio do ano que vem.
Em linha com o regulamento de licitações, “o processo de avaliação terá foco nas áreas prioritárias definidas da visão do evento e nas principais métricas, infraestrutura, serviços, comercial, sustentabilidade e direitos humanos”.
O aspecto técnico do modelo de avaliação de propostas incluirá ainda um sistema de pontuação objetivo para avaliar e ponderar cada um dos critérios comerciais e de infraestrutura.
Caso as três candidaturas recebam pareceres favoráveis, estarão aptas à nomeação como anfitriãs do próximo Mundial Feminino. A decisão será por meio de uma votação aberta que será realizada em solo tailandês.