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Fã das Gerações Z e Alpha querem ser reconhecidos e tratados de maneira diferenciada

Assunto foi abordado durante debate ocorrido no "4º Fórum da Máquina do Esporte", realizado no Teatro da ESPM, nesta terça-feira (18)

Arthur Borelli, Fernando Fleury e Vinicius Lordello, durante o "4º Fórum da Máquina do Esporte" - Diogo Sotano / Fotop

As mudanças ocorridas na forma como o público consome e se relaciona com o esporte foi tema de debate ocorrido na tarde desta terça-feira (18), durante o “4° Fórum Máquina do Esporte – Conteúdo, dados e a nova jornada do fã”, promovido no Teatro da ESPM, em São Paulo (SP).

Mediado pelo diretor de comunicação e relações públicas da N Sports, Vinícius Lordello, o painel “O Fim do Fã Genérico” contou com as participações do colunista da Máquina do Esporte e CEO da Armatore Market+ Science, Fernando Fleury, e do CEO da Think Sports (agência responsável pela implantação e coordenação da NBA Basketball School no Brasil), Arthur Borelli.

Na avaliação de Fleury, a evolução tecnológica permite às marcas e às organizações esportivas analisarem mais profundamente o público, segmentando aquilo que antes era tratado como uma massa.

“As Gerações Z e Alpha querem ser tratadas de maneira diferenciada e reconhecidas como especiais. Não querem ser tratada como qualquer um”, disse o especialista.

Tornar o esporte acolhedor

Em sua fala, Borelli comentou a respeito do trabalho realizado pela NBA Basketball School na construção de novas bases de fãs para a liga no Brasil.

Na visão do executivo, hoje em dia, da forma como o esporte é estruturado no país, ele acaba por expulsar pessoas que não se enquadram nos padrões esperados (por exemplo, não ter uma estatura alta para praticar basquete).

“A gente pensa muito no fã lá dentro do ginásio, mas essas pessoas estão sendo massacradas desde a primeira idade. São poucos que sobrevivem a essa chacina que é cometida desde a infância. Se sairmos na rua, perguntando se as pessoas têm alguma frustração no esporte, a maioria dirá que sim. Essa é uma realidade que a NBA está tentando mudar”, disse Borelli.

O trabalho desenvolvido pela NBA Basketball School busca permitir que as crianças, independentemente de terem ou não aptidão natural para o esporte, possam se divertir com a prática da modalidade e também usufruir dos benefícios que a atividade física proporciona.

“O ponto principal é conscientização e mostrar que esporte é importante para a saúde”, afirmou Borelli.

“A chance de alguém virar fã de um esporte que pratica é maior”, observou Fleury.

Durante o debate, os especialistas também analisarem os desafios para o mercado, que hoje tem de encontrar formas de se conectar a fãs de diferentes estratos geracionais.

“O mercado está aprendendo a conviver com gerações distintas e diferentes padrões de consumo. A Geração X e a Geração Y são as que desenvolveram a tecnologia. Já a Z e a Alpha são moldadas pela tecnologia”, disse Fleury.

O “4° Fórum Máquina do Esporte – Conteúdo, dados e a nova jornada do fã” tem patrocínio de GeTV, Lean Agency e Ticket Sports, além dos apoios de Genial Investimentos, Administração ESPM e Fotop.