A Andretti anunciou, nesta quinta-feira (5), um acordo com a General Motors (GM) com o objetivo de criar uma nova equipe na Fórmula 1 com a marca Cadillac. A iniciativa é uma resposta ao processo aberto pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para receber novas equipes na principal categoria do automobilismo mundial.
De acordo com Michael Andretti, ex-piloto (inclusive companheiro de equipe de Ayrton Senna na F1 em 1993) e atual presidente e CEO da Andretti Global, o time receberia motores de outra fabricante, mas tanto Andretti quanto Cadillac ofereceriam todo o suporte técnico.
A equipe operaria na nova sede da Andretti Global, que está em construção na cidade de Fishers, Indiana, nos Estados Unidos, e deve começar a funcionar em 2025. Uma outra sede, na Europa, também serviria para as operações.
Apesar de todas essas informações, ainda não se sabe quando o time inteiramente americano (inclusive com um piloto dos Estados Unidos) estaria pronto para entrar no grid. Segundo Michael Andretti, isso dependeria da manifestação de interesse por parte da FIA.
“A Andretti Global e sua família de equipes de corrida continuam crescendo e sempre de olho no que vem a seguir. Sinto que estamos prontos para sermos uma nova equipe de Fórmula 1 e podemos agregar valor à categoria e aos nossos parceiros, além de trazer animação para os fãs. Estou orgulhoso de ter a GM e a Cadillac ao nosso lado enquanto buscamos esse objetivo”, destacou o ex-piloto.
“GM e Andretti dividem esse legado de amor pelas corridas. Agora, temos a chance de combinar nossa paixão por automobilismo e dedicação à inovação para construir uma verdadeira candidatura americana à F1. Juntos, vamos dar continuidade aos procedimentos e etapas apresentadas pela FIA durante o processo de avaliação. Enquanto isso, vamos nos manter otimistas e preparados para o caso de a Andretti Cadillac ter sua candidatura formalmente aprovada para a F1”, completou o executivo.
Vale lembrar que o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, utilizou as redes sociais nesta semana para comentar que a entidade estava acolhendo pedidos para entradas na categoria. Após a divulgação da parceria entre Andretti e GM, o mandatário se pronunciou sobre o assunto.
“Acolho a notícia da parceria entre Cadillac e Andretti, e a FIA aguarda, com expectativa, novas discussões no processo de manifestação de interesse para o grid da Fórmula 1”, comentou o dirigente.
Segundo o site especializado Grande Prêmio, o processo para a entrada da parceria Andretti Cadillac precisa do apoio da F1 e das outras equipes presentes no grid da categoria, além de uma taxa de entrada de US$ 200 milhões como um fundo que será dividido entre o grid atual para compensar a divisão do dinheiro que acontece com a entrada de um novo time.
“A General Motors tem a honra de firmar parceria com a Andretti Global nesse momento histórico das corridas. Temos uma longa e rica história no automobilismo e na inovação em engenharia, e estamos muito felizes com a perspectiva de uma parceria com a Andretti para formar uma equipe americana na F1, que vai ajudar a estimular ainda mais o interesse global na categoria e no esporte”, disse Mark Reuss, presidente da General Motors.
“Cadillac e F1 têm um crescente apelo global. Nossa marca tem um pedigree de automobilismo sendo fabricado há mais de um século, e ficaríamos orgulhosos de ter a chance de trazer nossa inconfundível inovação e design americano para a Fórmula 1”, acrescentou o executivo.
Nos últimos anos, a Liberty Media, gestora da F1, vem se aproximando cada vez mais do mercado dos Estados Unidos. Em 2023, pela primeira vez, o país receberá três Grandes Prêmios (Miami, na Flórida; Austin, no Texas; e Las Vegas, em Nevada) e, nos bastidores, comenta-se que uma equipe inteiramente americana poderia ser o próximo passo dessa aproximação com o país.