A Fórmula 1 divulgou nesta semana seu calendário para 2024. A grande novidade deverá ser o retorno da prova na China, país mais populoso do mundo e que deixou de realizar as etapas da principal modalidade do automobilismo mundial, devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
O último grande prêmio (GP) realizado no país asiático foi em 2019, pouco antes de a doença eclodir, levando as autoridades chinesas a decretarem quarentena, como forma de evitar o contágio pelo coronavírus.
No início deste ano, com o fim das restrições sanitárias mais severas, como a quarentena para viajantes, os organizadores da prova chinesa receberam autorização do governo do país para negociarem com o Formula One Group (que detém os direitos comerciais da modalidade) a retomada do GP da China.
Regionalização
Outra novidade no calendário o ano que vem é o avanço na proposta de regionalização dos eventos. A corrida do Japão, por exemplo, ocorrerá em abril, próximo à data reservada para o GP da China, previsto para ocorrer no dia 21 do mesmo mês.
Já a prova do Azerbaijão foi alterada para setembro, visando criar um melhor agrupamento de corridas.
Neste caso, nota-se que a regionalização ainda está longe de ser completa, já que a prova do Azerbaijão fará rodada dupla com a de Singapura, países separados por mais de 7 mil quilômetros de distância.
Detalhe também para a rodada tripla de fim de temporada envolvendo Las Vegas (EUA), Catar e Abu Dhabi. O GP de São Paulo está previsto para ocorrer no fim de semana de 3 de novembro, antecedendo a prova dos Estados Unidos.
Por conta das condições climáticas favoráveis, a prova do Canadá permanecerá intercalada entre os GPs de Mônaco e da Espanha.
Adaptações em datas
As duas primeiras corridas da temporada, no Bahrein e na Arábia Saudita, serão realizadas em sábados, já que serão durante o Ramadã, período do ano considerado sagrado pela religião islâmica, que é predominante nas duas nações asiáticas.
“Tenho o prazer de anunciar o calendário de 2024 com 24 corridas que entregarão uma temporada emocionante para nossos fãs em todo o mundo. Há um enorme interesse e demanda contínua pela Fórmula 1, e acredito que este calendário atinge o equilíbrio certo entre corridas tradicionais e locais novos e existentes”, afirmou Stefano Domenicali, presidente e executivo-chefe da categoria.
O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed Ben Sulayem, acrescentou: “Queremos tornar o espetáculo global da Fórmula 1 mais eficiente em termos de sustentabilidade ambiental e mais gerenciável para a equipe de viajantes que dedica tanto de seu tempo ao nosso esporte”.