A receita do 2º trimestre da Fórmula 1 caiu 2,7% no comparativo com o mesmo período de 2022. A principal categoria do automobilismo mundial arrecadou US$ 724 milhões no período, segundo números divulgados pela Liberty Media, gestora comercial da F1.
A queda na receita em comparação com 2022 se deve em grande parte ao cancelamento do Grande Prêmio da Emília-Romagna, em Ímola. Apesar da saída desta etapa do calendário, a receita com a promoção das provas teve crescimento, graças aos aumentos dos valores dos contratos e das receitas com patrocínio.
A venda de direitos de mídia diminuiu devido à realização de uma corrida a menos em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso foi parcialmente compensado pelo crescimento das assinaturas da F1 TV, serviço de streaming disponibilizado pela categoria.
Renovações
Durante o período, a F1 garantiu extensões de contrato com os Grandes Prêmios da Hungria e da Áustria até 2032 e 2030, respectivamente. A categoria também estendeu sua parceria global com a Heineken em um contrato cuja duração não foi divulgada.
“A Fórmula 1 está aproveitando nosso momento de crescimento, e nossos fãs estão se envolvendo com o esporte nas plataformas tradicionais, digitais e de mídia social”, disse Stefano Domenicali, presidente e CEO da F1.
O dirigente revelou que acredita que os ganhos da F1 aumentarão em 2024 graças a um calendário com mais etapas.
“No próximo ano, sediaremos 24 corridas em todo o mundo, com provas mais próximas, o que beneficiará a eficiência das operações da F1 e das nossas equipes”, destacou Domenicali.
Las Vegas
O que será motivo de preocupação daqui para frente são os custos crescentes com a primeira edição do GP de Las Vegas, nos Estados Unidos.
Com a Liberty Media realizando a promoção da corrida pela primeira vez, o desempenho financeiro da prova depende exclusivamente da detentora dos direitos comerciais da F1.
“Nossa construção de paddock está agora 85% concluída”, disse Brian Wilding, diretor financeiro da Liberty.
Segundo ele, as despesas com a estrutura de construção do paddock e da pista serão de cerca de US$ 400 milhões, dos quais US$ 155 milhões já foram gastos no 1º semestre do ano. Grande parte do aumento de custo está relacionado às despesas para minimizar a interrupção dos negócios ao longo da Strip, a principal via turística da cidade, já que a prova será disputada em um circuito de rua.