O Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1 será realizado a partir de sexta-feira (1º). Para além de uma etapa da principal categoria do automobilismo mundial, o evento conta com a participação de mais de 400 marcas e, com isso, se posiciona também como uma plataforma de negócios.
Ser uma plataforma para a aproximação entre empresas e clientes, porém, cria a necessidade do oferecimento de experiências específicas, para um público que possui maiores exigências. Em entrevista à Máquina do Esporte durante o GPSP Academy, Alan Adler, CEO do GP São Paulo de F1 apontou que esta é uma preocupação para o evento.
“Está no DNA da Fórmula 1 ser uma plataforma de negócios. A indústria do automobilismo é muito rica, com muitos players. Quando você fala do mercado do automobilismo no mundo, você pensa em marcas de altíssimo valor. A indústria que cerca a Fórmula 1, por si só, é uma plataforma de negócio há muitos anos”, disse.
“É um público que gosta de chegar bem, de sair fácil, de ter boas comidas e bebidas, enfim, ter conforto, o que inclui ter uma boa experiência. É responsabilidade nossa que essas marcas todas tragam os seus principais clientes. Então, nada pode sair errado”, acrescentou.
Para poder atender a todos os públicos, o GP São Paulo acrescentou novos pontos de hospitalidade nos últimos anos. Pelo menos quatro setores comercializados possuem benefícios para além do entretenimento oferecido pela corrida.
“A gente oferece várias opções para atender este público. Temos o Paddock Club, o Terrace Club, o Grand Prix Club, o Orange Tree Club, o próprio Pit Stop Club. São várias áreas que a gente oferece para a hospitalidade. Foi um foco nosso desde o começo”, contou Adler.
Expansão
O Autódromo de Interlagos apresenta desafios para o crescimento do GP São Paulo por conta de limitações de espaço. Diferentemente de outros autódromos utilizados pela Fórmula 1, a pista é localizada em uma área urbana, o que impede a expansão para além dos limites atuais.
Com isso, resta aos organizadores localizar e potencializar o uso de áreas disponíveis. Neste sentido, pela primeira vez, o GP São Paulo terá uma Fanzone, instalada no Kartódromo de Interlagos, que fica ao lado do autódromo e tem uma área que pode receber até 40 mil pessoas.
“A gente procura explorar, na medida do possível, todas as áreas que a gente enxerga com potencial de trazer mais público. Faz parte do que buscamos ano a ano. Chega uma hora que tem um limite físico, de fato. Mas esse ano temos a Fanzone e crescemos também com o novo prédio do Grand Prix”, explicou Alan Adler.
“Sempre a gente busca aumentar a experiência, investir em experiência do público. E eu acho que a Fanzone é um lugar em que a gente vai poder crescer bastante com essa experiência. Acho que ali é uma área que vamos explorar cada ano mais”, acrescentou o executivo.
Público
Em 2023, o evento reuniu 267 mil pessoas, e a expectativa é que esse número aumente nas próximas edições com a construção de três novas arquibancadas. O aumento do público, ainda assim, é visto com cautela por Alan Adler, já que um número muito grande de visitantes pode causar um impacto negativo na qualidade do evento.
“Para o ano que vem, a gente vai ter três novas arquibancadas, e vamos conseguir aumentar ainda mais esse público. Está sendo feita muita coisa para a gente chegar acima de 300 mil pessoas, que é um número espetacular para qualquer autódromo”, exaltou.
“Temos que tomar cuidado com o crescimento e sempre ficar de olho no foco da experiência. A experiência é o mais importante. O crescimento é consequência do sucesso. E a experiência é aquilo que você faz para que justamente você tenha essa recorrência de público querendo voltar”, concluiu.
O Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 será disputado entre sexta-feira (1º) e domingo (3). Além da Fórmula 1, o evento também envolverá disputas na Porsche Cup e na Fórmula 4.