A Liberty Media, atual proprietária e gestora da Fórmula 1, rejeitou uma oferta feita pelo Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita para comprar a categoria por US$ 20 bilhões. A informação é da norte-americana Bloomberg.
De acordo com a publicação, a Liberty Media afirmou que não está interessada em vender a principal categoria do automobilismo mundial, mesmo com a enorme valorização vista nos últimos seis anos. Para se ter uma ideia, a empresa adquiriu a F1 por “apenas” US$ 4,4 bilhões em 2017.
Segundo a Bloomberg, o atual valor de mercado da Fórmula 1 gira em torno de US$ 15,2 bilhões, o que mostra o tamanho da oferta feita pela Arábia Saudita.
Vale lembrar que o PIF já está envolvido na categoria por meio do apoio à Saudi Motorsport Company (SMC) para o Grande Prêmio da Arábia Saudita, disputado desde 2021 em Jeddah, bem como acordos de patrocínio com a própria Fórmula 1 e com a equipe Aston Martin por meio da multinacional petrolífera estatal Aramco.
Fora do esporte a motor, o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita ainda possui outros investimentos, como é o caso do Newcastle, time que disputa a Premier League, e o LIV Golf, tour profissional de golfe masculino.
Por tudo isso e muito mais, como um acordo recente para levar a MotoGP ao país, a tentativa de sediar a Copa do Mundo de 2030 e até o “objetivo final” de receber os Jogos Olímpicos em 2036, o país árabe vem sendo acusado de “lavagem esportiva”, ou seja, de usar o esporte para “distrair” o mundo do que seriam “incontáveis” violações de direitos humanos.
Vale lembrar, no entanto, que o Oriente Médio tem sido uma área bastante utilizada pela Liberty Media para aumentar as receitas da Fórmula 1, Em 2023, serão quatro corridas da categoria na região: Bahrein, Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos.