Às vésperas do ePrix de São Paulo, que terá sua segunda edição realizada no próximo dia 16 de março, na região do Sambódromo do Anhembi, na capital paulista, o fundador e CEO da Fórmula E, Alberto Longo, concedeu uma entrevista a jornalistas e influenciadores brasileiros, trazendo detalhes sobre a prova.
Entre as novidades surgidas durante a entrevista está a parceria que será lançada ainda nesta semana, entre a Fórmula E e o Corinthians. O assunto foi levantado pela assessoria de imprensa da categoria automobilística, que destacou o fato do clube possuir a maior torcida do estado onde o ePrix será realizado.
Longo acabou por não abordar detalhes desse acordo com o time alvinegro, mas teceu inúmeros elogios à parceria.
“É fantástico qualquer tipo de ‘crossover’, neste caso mais concreto com o futebol, que é um esporte nacional. Vemos como uma oportunidade que não poderíamos recusar. Com certeza, estamos encantados com esse acordo”, afirmou.
Procurada, a assessoria da Fórmula E informou que divulgará os detalhes da parceria ainda nesta semana. Um aspecto que chama a atenção é que este é o segundo grande evento internacional da cidade de São Paulo que contará com presença direta do Corinthians.
No fim de 2023, a Neo Química Arena, estádio do clube, foi confirmada como sede da primeira partida oficial da NFL em território sul-americano, que será realizada em 6 de setembro deste ano. O jogo terá o Philadelphia Eagles como mandante, com o adversário ainda a ser definido.
No caso da Fórmula E, a parceria com o Corinthians é parte da estratégia que visa a aproximar a categoria do grande público. Segundo o executivo, as ações nesse sentido não ficarão restritas ao “crossover” com o futebol.
O ePrix de São Paulo deverá contar com as presenças de ídolos do automobilismo brasileiro, como Felipe Massa e Emerson Fittipaldi, além de outras estrelas de renome internacional.
“O que se trata de fazer com que cada vez mais brasileiros estejam interessados na nossa categoria”, explicou.
São Paulo garantida como sede do ePrix
Em ano de eleição municipal, Longo foi questionado sobre a permanência do ePrix, em um cenário hipotético de troca de prefeito em São Paulo. O contrato com a Fórmula E foi firmado por Ricardo Nunes (MDB), atual ocupante do Palácio Anhangabaú, sede da administração paulistana.
“O impacto que ocasionamos no tráfego da cidade de São Paulo é mínimo, ao utilizarmos o Anhembi. Por isso, entendemos que o contrato que temos é de longo prazo. Ele foi firmado há alguns anos, e ainda temos esta temporada e mais três. No Sambódromo, acredito que estamos em um lugar ideal para a Fórmula E e, se todos os governantes quiserem, obviamente, seguiremos por muitos anos”, disse o executivo.
De acordo com ele, o ePrix de São Paulo gerou um retorno financeiro para a cidade na casa dos US$ 90 milhões em 2023. A informação consta no estudo elaborado pela Fórmula E após a prova.
Essa soma inclui não apenas o movimento de turistas na rede hoteleira e nos restaurantes e demais estabelecimentos de comércio e serviços da capital paulista, mas diz respeito também aos próprios investimentos feitos pela Fórmula E na realização do evento, que resultou na criação de 2,5 mil a 3 mil empregos diretos e indiretos.
Longo também destacou os efeitos midiáticos que o ePrix poderá trazer para a cidade.
“Estamos falando de algo em torno de 180 países recebendo a transmissão da prova, com um público estimado entre 25 e 30 milhões de pessoas, sem contar as inúmeras publicações editoriais que falarão da Fórmula E em todo o mundo”, ressaltou.
Embora tenha evitado especificar a data do ePrix de São Paulo de 2025, uma vez que o calendário ainda não está definido, Longo deixou claro que a prova deverá ocorrer no início do ano, entre 40 e 50 dias antes ou depois do próximo Carnaval (que terá a Quarta-Feira de Cinzas no dia 5 de março).