No segundo ano em SP, Fórmula E busca melhorar evento e aumentar patrocínios locais

Alberto Longo, cofundador da Fórmula E, em entrevista coletiva na Prefeitura de São Paulo - Luís França / Divulgação

A Fórmula E lançou, nesta terça-feira (31), o ePrix de São Paulo 2024. Será a segunda vez que a principal categoria de carros elétricos do mundo virá correr no Brasil, após a estreia em março deste ano. Para a prova do ano que vem, a ideia da direção da Fórmula E é aprimorar o evento de estreia, corrigindo algumas falhas, e atrair mais patrocinadores locais.

O evento aconteceu na sede da Prefeitura da capital paulista, com a presença do prefeito Ricardo Nunes, além dos pilotos Lucas di Grassi e Sérgio Sette Câmara, os dois brasileiros que disputam a categoria.

“Aprendemos a cada ano que passa, o que significa que a cada ano tentamos fazer melhor do que no ano anterior. É muito importante mostrar o sucesso que tivemos, mas também somos humildes o suficiente para dizer que as coisas podem ser feitas melhor e, com certeza, vamos fazê-las”, afirmou Alberto Longo, cofundador da Fórmula E, em entrevista à Máquina do Esporte.  

“Temos que ter em mente que foi a primeira vez que o evento foi realizado [no Brasil]”, completou o dirigente, que tem contrato com a capital paulista por cinco anos, renováveis por mais cinco.

Segundo ele, 23 mil pessoas assistiram à prova deste ano nas arquibancadas do Sambódromo, no Anhembi (zona norte de São Paulo), local em que foi montada a pista de rua utilizada na corrida. De acordo com o dirigente, a prova foi vista por 25 milhões de pessoas em 150 países.

“Várias equipes trabalham para o sucesso do evento. Uma é global, vem de Londres, e há muitas locais. Mais de 2 mil pessoas fizeram aquele evento. O primeiro ano é um pouco maior o desafio. O maquinário ainda não está totalmente lubrificado. Mas, a partir do segundo ano, tudo começa a funcionar com mais tranquilidade. E isso tem efeito imediato na qualidade”, contou Longo, que logo em seguida enalteceu o que foi construído na estreia paulistana.

“Olha, o evento foi maravilhoso. Mas somos muito perfeccionistas e gostamos de ver, em todos os níveis de detalhes, o que fizemos para, claro, fazer cada vez melhor”, destacou.

Patrocínios

Um dos objetivos para o segundo ano do ePrix em São Paulo é atrair mais patrocinadores locais. Em 2023, o evento ganhou basicamente patrocínio do poder público, com Enel, SP Turis e São Paulo Anhembi. Para 2024, a ideia é expandir as parcerias comerciais com mais empresas privadas.

“Da última vez, tivemos pouco tempo para nos prepararmos para a corrida. Agora, estamos no mercado há quase um ano e meio, dois anos, conversando com diferentes sócios ou parceiros locais para a corrida”, comparou o dirigente.

Longo lembrou que a categoria conta com um promotor local, Marcelo Helou da Fonseca, que trabalha exclusivamente para atrair patrocinadores no Brasil, mostrando, para isso, os propósitos sustentáveis da Fórmula E, que não faz uso de combustíveis fósseis, diferentemente da maioria das categorias do esporte a motor.

“A Fórmula E é uma plataforma que promove a mobilidade elétrica, a inovação tecnológica e está definitivamente na agenda das grandes empresas do Brasil e do mundo. Por isso, esperamos que, neste segundo ano, certamente haja muito mais parcerias locais”, enfatizou.

O dirigente espanhol contou que, em breve, espera começar a anunciar novos patrocinadores brasileiros para a corrida.

“Não posso tornar isso público ainda, mas temos muitas empresas interessadas em colaborar para a celebração da corrida no Brasil. Neste momento, estamos em conversas com cerca de 50 a 55 empresas. Esperamos que pelo menos 5 a 10 delas se tornem parceiras locais do ePrix de São Paulo”, finalizou o cofundador da categoria.

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