A direção da Fórmula E confirmou que o E-Prix de São Paulo, marcado para 6 de dezembro, no circuito montado na região do Anhembi (zona norte da capital paulista), será a etapa de abertura da temporada 2025/2026 da categoria.
“O Brasil é um mercado importante para nós. É um país fanático pelo mundo do esporte a motor. Definitivamente precisamos e queremos seguir correndo no Brasil”, destacou Alberto Longo, cofundador e organizador geral da Fórmula E, em entrevista coletiva para a imprensa internacional.
Este será o segundo ano consecutivo em que o Brasil dará a largada para o campeonato. Em dezembro de 2024, na abertura da atual temporada, 21 mil pessoas estiveram presentes no evento durante o fim de semana. Segundo os organizadores, a audiência global da corrida foi de 40 milhões de telespectadores, a maior na TV desde a criação do campeonato, em 2014/2015.
“[O Brasil] é um mercado importante, não apenas para a Fórmula E, mas também para todo o seu ecossistema: patrocinadores globais, os parceiros, equipes, fabricantes [de motores]”, disse Longo.
Ele acredita que o Brasil possa ter mais pilotos alinhando na Fórmula E em breve. Atualmente, Lucas di Grassi é o único brasileiro correndo na categoria.
“Podermos ter outro brasileiro em alguma equipe, o que faz com que o mercado brasileiro seja absolutamente prioritário para a Fórmula E”, ressaltou o executivo.
Renovação
O dirigente destacou que já há conversas entre a categoria que utiliza exclusivamente veículos elétricos e a Prefeitura de São Paulo para a extensão do vínculo atual, que prevê mais duas corridas, em 2025/2026 e 2026/2027.
“Temos um acordo de médio prazo com as autoridades em São Paulo que estamos estudando a possibilidade de incluir a extensão”, afirmou o espanhol.
As negociações falam em uma renovação por cinco anos, com confirmação da etapa a cada temporada. Longo chegou a oferecer uma parceria de dez anos.
“O prefeito Ricardo Nunes é um grande defensor da Fórmula E e quer continuar. Nós também queremos continuar. Assim, é uma questão de tempo, mas possivelmente comunicaremos uma extensão em um curto espaço de tempo”, revelou Longo.
Buracos
O calendário divulgado pela Fórmula E prevê a realização de 18 corridas em 12 locais, número recorde para a categoria. O campeonato inclui uma nova etapa em Madri (Espanha) em 21 de março. Será a primeira vez que o campeonato terá uma prova na capital espanhola.
Já a etapa de Miami, marcada para 31 de janeiro de 2026, deixará o Autódromo de Homestead, local do E-Prix deste ano, e passará para o Autódromo Internacional de Miami (Hard Rock Stadium).
Há ainda dois locais a serem definidos: 30 de maio e 20 de junho de 2026. Segundo o cofundador da Fórmula E, as negociações para esses locais estão avançadas.
“Com respeito aos dois TBDs [a ser determinado, na sigla em inglês], obviamente estão muito maduras essas conversas. Não posso dar detalhes de onde estamos falando. Mas é muito importante ter duas corridas nos Estados Unidos e uma ou mais na China”, afirmou Longo.
No calendário divulgado, há apenas a etapa de Miami nos EUA e uma em solo chinês (Xangai, em 4 e 5 de julho).
“São os mercados mais potentes que temos e, definitivamente, buscamos crescer nesses países”, enfatizou o executivo.
Indo nessa
Por outro lado, quem pode deixar a categoria é a Indonésia. O E-Prix de Jacarta está marcado para 21 de junho deste ano. Para a próxima temporada, porém, não está garantida a permanência do país no calendário da Fórmula E.
O país estrearia na categoria em 2020, mas a pandemia de Covid-19 fez o sonho ser adiado em dois anos. Finalmente, em 4 de junho de 2022, o circuito de Ancol, no norte da capital Jacarta, que havia sido inaugurado uma semana antes, sediou a etapa.
“Na Indonésia, temos um acordo que vence agora. Seguimos em contato com eles. Mudou o governo em nível local e federal. Estamos conversando com eles para ver se haverá uma renovação”, contou Longo.