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CBF amplia datas e clubes no Brasileirão Feminino A1 e eleva cotas e premiações nos torneios

Entidade também determinou que, a partir de 2027, todos os clubes da principal competição nacional deverão possuir vínculo com atletas

Apresentação do novo calendário do futebol feminino brasileiro, para 2026 - Reprodução / Instagram (@brasil)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta segunda-feira (24), o novo calendário do futebol feminino, que passará a valer em 2026.

As mudanças entrarão em vigor faltando pouco mais de um ano para a Copa do Mundo Feminina 2027, que terá o Brasil como sede e que deve impulsionar a modalidade no país.

Em outubro, vale lembrar, a CBF já havia anunciado mudanças no calendário do futebol masculino, com a introdução da Copa Sul-Sudeste, a Copa do Brasil com final em jogo único e a Série A do Brasileirão invadindo os meses antes dedicados aos Campeonatos Estaduais.

Entre as principais novidades anunciadas agora pela CBF está a ampliação das datas do Brasileirão Feminino A1, que começará em 15 de fevereiro e será encerrado em 4 de outubro, garantindo que as equipes participantes possam passar mais meses do ano em atividade.

O total de equipes participantes do principal campeonato nacional da categoria também será elevado de 16 para 18. Isso resultará em aumento de 134 para 167 jogos na temporada. A CBF garantiu que não haverá partidas do Brasileirão Feminino A1 nos dias anteriores ou posteriores às Datas Fifa.

Uma mudança relevante apresentada pela entidade é a obrigatoriedade, a partir da temporada 2027, de que os todos clubes do Brasileirão Feminino A1 mantenham vínculo profissional com as atletas. Além disso, a CBF isentará as taxas de registro de vínculo das jogadoras não profissionais. Essa regra específica valerá para todas as competições da entidade.

A instituição anunciou a criação de um auxílio para as jogadoras lactantes, que será pago durante as competições. Além disso, a CBF irá custear as viagens dos filhos, que poderão acompanhar as atletas durante os jogos.

Aumento nas cotas e premiações

A CBF também comunicou aumento nas cotas pagas aos times participantes do Brasileirão Feminino A1, que, a partir de 2026, ganharão R$ 720 mil pela participação no campeonato, além de outros R$ 20 mil, nas ocasiões em que tiverem partidas transmitidas em rede nacional.

O prêmio em dinheiro pago ao clube campeão será de R$ 2 milhões, enquanto o vice levará R$ 1 milhão. Ambos irão se classificar para a Copa Libertadores Feminina.

A Copa do Brasil Feminina, que neste ano pagou um prêmio acumulado de R$ 1,38 milhão ao campeão Palmeiras, também terá aumento nos valores distribuídos às equipes participantes.

A CBF dobrou as premiações pagas no decorrer da competição. Vale lembrar que, mesmo com o aumento, a quantia seguirá bem abaixo da que é distribuída na versão masculina do Copa do Brasil, que deve garantir mais de R$ 100 milhões ao clube campeão.

A Copa do Brasil Feminina 2026 terá início em 22 de abril e será encerrada em 15 de novembro, com 66 clubes das 27 unidades da federação.

A partir do ano que vem, as oitavas, quartas e semifinais serão em jogos de ida e volta. As alterações resultarão em aumento de 64 para 72 partidas, ao longo do torneio, que terá todos os confrontos transmitidos ao vivo, pelo canal da CBF no YouTube.

A Supercopa Feminina também passará por mudanças em 2026, com a decisão em jogo único, em 8 de fevereiro, e premiações de R$ 1 milhão para a equipe campeã e de R$ 600 mil para a segunda colocada.

Já o Brasileirão Feminino A2 ocorrerá de 14 de março a 19 de setembro, com 16 times, que ganharão cota de R$ 360 mil pela participação no campeonato, que irá classificar quatro equipes para a Série A1, além de oferecer uma vaga direta na Copa do Brasil.

O Brasileirão Feminino A3 2026, por sua vez, será de 21 de março a 25 de setembro, reunindo 32 times, que disputarão quatro vagas na Série A2 e uma na Copa do Brasil, além de receberem prêmio de participação de R$ 120 mil.