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Expansão da NWSL: Conheça detalhes do Atlanta, 17ª franquia da liga, que terá investimento recorde de US$ 330 milhões

Com aporte do bilionário Arthur Blank, novo time pode ser considerado uma verdadeira declaração de intenções sobre o futuro do futebol feminino profissional

Atlanta será a casa da 17ª franquia da NWSL - Reprodução / Facebook (@NWSLAtlanta2028)

A National Women’s Soccer League (NWSL) reforçou o fato de ser uma das principais vitrines do futebol feminino mundial ao dar um passo de expansão que redefine o patamar financeiro da modalidade. Atlanta, considerada a capital do esporte no Sul dos Estados Unidos, foi a cidade escolhida para receber a 17ª franquia da competição, com estreia marcada para 2028. O que realmente chama a atenção, contudo, não é apenas a chegada de mais um time, mas o valor recorde que garantiu essa vaga.

O anúncio, feito nesta semana, confirma a nova era de valorização e expansão da NWSL. E o nome por trás dessa aposta bilionária é um velho conhecido do esporte norte-americano: o bilionário Arthur Blank.

O Investidor: Arthur Blank e a AMBSE

Cofundador da Home Depot, Blank não é um novato no mundo dos esportes. O portfólio do empresário já inclui o Atlanta Falcons (NFL) e o Atlanta United (MLS), ambos geridos pela sua empresa, a AMB Sports and Entertainment (AMBSE). A entrada na NWSL não é apenas um acréscimo, mas uma declaração de intenções sobre o futuro do futebol feminino profissional.

O valor da taxa de expansão, por si só, já é um recorde no mercado. Para garantir a 17ª vaga, Blank desembolsou US$ 165 milhões (equivalente a cerca de R$ 850 milhões, pela cotação atual). Este montante pulveriza os valores pagos em expansões anteriores e estabelece um novo patamar para a liga, demonstrando que o futebol feminino, quando bem gerido e com a estrutura correta, é considerado um ativo de altíssimo valor.

Mas o investimento de Blank vai muito além da taxa de adesão. Segundo reportagens do The Athletic, o compromisso total do empresário com a nova franquia é de impressionantes US$ 330 milhões (aproximadamente R$ 1,7 bilhão). Este valor engloba a taxa de expansão, a construção de um centro de treinamento de primeira linha dedicado exclusivamente ao time feminino e as adaptações necessárias no Mercedes-Benz Stadium para receber os jogos.

O estádio, que já é a casa dos Falcons e do United, será adaptado para a NWSL com uma capacidade inicial de cerca de 28 mil torcedores. A promessa de Blank é clara: não será uma “cópia” do Atlanta United, mas uma organização com recursos e liderança próprios, focada em construir uma cultura de excelência para o futebol feminino.

A organização para o lançamento da 17ª franquia impressiona. Site, redes sociais, produtos personalizados, filmes de curta duração e execução primorosa, além da cerimônia de apresentação.

O profissionalismo e a excelência na execução mostram ao mercado que Atlanta, a liga e todo o ecossistema que envolve este negócio estão prontos para receber e abraçar os novos fãs que surgirão em direção ao novo clube.

Por que Atlanta?

A escolha de Atlanta não é aleatória. A cidade já provou ser um mercado fervoroso para o futebol, vide o grande sucesso do Atlanta United na MLS, que chegou a quebrar recordes de público. Além disso, a região será a nova sede da Federação de Futebol dos Estados Unidos (U.S. Soccer) e um dos palcos da Copa do Mundo de 2026. O momento é de convergência estratégica.

A NWSL, sob a liderança da comissária Jessica Berman, está adotando uma estratégia de expansão mais flexível, admitindo times quando o investidor, o mercado e a infraestrutura estão prontos. E Arthur Blank, com seu histórico de sucesso e a promessa de um investimento robusto, atendeu a todos os critérios com louvor.

A liga, que tinha apenas 10 times em 2021, saltará para 18 em 2028, com a chegada de Atlanta e de uma 18ª equipe ainda a ser anunciada. Essa corrida pela expansão, impulsionada por taxas recordes, é o atestado final de que o futebol feminino deixou de ser uma aposta para se tornar uma realidade de negócios no mais alto nível nos Estados Unidos, o maior mercado esportivo do planeta.

O investimento de Blank não é apenas capital; é um voto de confiança que ressoa em todo o ecossistema do esporte. É a prova de que, quando o investimento é sério e a estrutura é profissional, o retorno, seja ele esportivo ou financeiro, é inevitável. A NWSL e Atlanta acabam de elevar o sarrafo para todos.