Os sócios do Vasco aprovaram, no último domingo (7), a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube para o fundo de investimentos americano 777 Partners. Então, na segunda-feira (8), Josh Wander, sócio-fundador e principal investidor da empresa, assinou um comunicado nomeando os primeiros profissionais a assumirem cargos na SAF do clube. E já teve início o primeiro conflito.
Em seu texto, Wander informou que Luiz Mello, que era CEO do Vasco, seguirá como CEO da SAF, e Paulo Bracks será o diretor esportivo. O caso de Mello é que caiu mal dentro da diretoria vascaína.
No início da noite de segunda-feira (8), o Vasco informou que ele será imediatamente desligado das funções que exercia dentro do clube. Mello atuou como CEO do Vasco desde o início de 2021 e, em 2022, havia passado a auxiliar diretamente na criação da SAF do clube e na negociação com a 777 Partners.
“O Club de Regatas Vasco da Gama informa que a partir da data de hoje o profissional Luiz Mello não exercerá mais suas atribuições de CEO no clube em função da posição que assumirá na Vasco SAF por indicação da 777 Partners”, disparou o comunicado do clube.
Vale lembrar que, há duas semanas, portanto antes da aprovação da SAF, um grupo ligado ao presidente Jorge Salgado divulgou uma carta em que apoiava o negócio com a 777, mas com alguns “poréns”. Entre eles estava justamente a oposição à possibilidade de pessoas com participação direta nas negociações assumirem cargos remunerados na SAF. Os grupos que assinam o documento (Confraria Vascaína, PetroVasco e Vasco do Povo) têm entre os integrantes seis vice-presidentes do clube.
Já com relação a Paulo Bracks não houve questões levantadas. Em sua carreira, Bracks trabalhou como auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), diretor de competições da Federação Mineira de Futebol (FMF), diretor de futebol da base e do profissional do América-MG e, por último, foi diretor de futebol do Internacional.