Adidas aumenta testes com feminino e promete versatilidade com Predator Edge

A Adidas testou e ouviu feedback das jogadoras patrocinadas pela marca de maneira mais intensa para esta temporada no desenvolvimento da nova chuteira Predator Edge. O produto chega nesta terça-feira (15) ao comércio eletrônico da marca no Brasil.

Sven Roewe, gerente sênior de desenvolvimento da Adidas, e Rider Evans, designer de chuteiras da marca, contaram, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte, como foi o desenvolvimento do novo modelo Predator.

“Não diria que foi a primeira vez porque no passado fizemos testes e entrevistas com jogadoras”, contou Roewe sobre a participação das atletas no desenvolvimento do produto.

“A Adidas tem o compromisso de apoiar o futebol feminino e o esporte para as mulheres em geral. E, definitivamente, fizemos mais testes, mais entrevistas e tivemos mais insights com as jogadoras usando a chuteira em comparação com as temporadas anteriores”, acrescentou.

A ideia da marca era ter os modelos disponíveis para as grandes competições do futebol feminino desta e da próxima temporada.

“Estamos fazendo isso agora mais extensivamente porque sentimos que queremos e temos que apoiar o jogo feminino o máximo possível no momento. Estamos próximos do Campeonato Europeu [de seleções] em 2022 [em julho, na Inglaterra], bem como da Copa do Mundo em 2023 [na Austrália e Nova Zelândia]”, afirmou Roewe.

Apesar disso, tanto Roewe como Evans ressaltam que os pedidos feitos por jogadores e jogadoras patrocinados pela Adidas para melhorar a performance em campo foram muito semelhantes.

“Quando nós conversamos sobre a nova chuteira, demos uma olhada no feedback das jogadoras. Obviamente que isso também acontece com o [feedback] dos jogadores. O mais importante para todos é o conforto, a estabilidade e o desempenho. O feedback foi bastante semelhante em termos de desempenho”, explicou Evans.  

“Mas é claro que cada jogador tem necessidades específicas. Tentamos incorporar essas necessidades para fazermos um calçado democrático, o mais democrático possível, ainda mantendo o DNA da Predator Edge”, completou o designer da Adidas.

Para Roewe, homens e mulheres pedem características semelhantes em seu equipamento de trabalho.

“Jogadores e jogadoras estão focando principalmente nos mesmos tópicos. Todos querem estabilidade, conforto, alta performance e ter um bom contato com a bola. E nós basicamente estamos entregando isso para cada jogador com a Predator Edge, independentemente se for mulher ou homem. Claro que há diferenças, mas principalmente entre os indivíduos e não entre os sexos”, analisou o executivo.

A chuteira possui travas de relevo emborrachado, projetadas em quatro zonas de controle da região do arco plantar até a biqueira, que servem para aprimorar a direção da bola e dar controle de jogo.

“O ponto-chave [da Predator Edge] é a Zone Skin, que garante pontos de apoio no giro e fornece estabilidade e desempenho, otimizando o controle de bola. Essas travas no solado proporcionam estabilidade e performance. O cabedal fornece o que você precisa em termos de conforto, estabilidade, respirabilidade e suavidade. Todos esses itens são basicamente as novidades da Predator Edge”, explicou Roewe.  

Entre as jogadoras que testaram o novo equipamento estão a goleira chilena Christiane Endler, as defensoras Wendie Renard (França) e Abby Dahlkemper (Dinamarca) e a atacante inglesa Toni Duggan. Mas será que há diferença entre as necessidades de cada posição?

“Eu diria que para um jogador de futebol a resposta em parte é ‘não’ e em parte ‘sim’”, brincou Roewe. “Mas no fim é sempre um jogo de futebol, e acho que especialmente com a Predador Edge desenvolvemos uma chuteira versátil. Com a Predator Edge, é possível para todo jogador conseguir seu melhor desempenho”, explicou.

“Portanto, não importa se você é uma goleira, defensora ou atacante. Especialmente as jogadoras que você mencionou, Toni [Duggan], Abby [Dahlkemper], Christiane [Endler] e Wendie [Renard], elas refletem essa versatilidade. É uma chuteira boa para goleira, defensora, promove rapidez, ajuda no controle [de bola], na organização do jogo. Acredito que, para todas, a chuteira mostra versatilidade”, finalizou o executivo.

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