Apesar de alavanca financeira, folha salarial de € 518 milhões ainda é pesadelo no Barcelona

O Barcelona obteve neste ano € 750 milhões em comparação com os € 784 previstos no orçamento. O desempenho econômico permitiu ao clube da Catalunha salvar o exercício financeiro, mas se deve à venda antecipada de direitos digitais e de TV. O clube passou de um prejuízo de € 481 milhões para lucro de € 98 milhões na temporada 2021/2022. A folha salarial, porém, segue sendo um pesadelo.

O time espanhol gasta € 518 milhões em salários, o que representa 69% de tudo o que arrecada se não fossem as alavancas. Com a antecipação da venda dos direitos, os salários passaram a representar 51% dos gastos.

“O valor ideal para sermos competitivos seria de € 500 milhões na equipe principal. Mas temos de liquidar a dívida abaixando os grandes contratos, o que só vamos conseguir na temporada 2024/2025”, disse ​​​​Eduard Romeu, vice-presidente de finanças do Barcelona.

Volta de Messi

Com isso, o sonho de trazer Lionel Messi de volta ao clube espanhol parece distante.

“É uma mais valia para o clube, e as portas estão abertas, mas isso depende da gestão esportiva”, ponderou o dirigente.

No próximo domingo (9), o Barcelona realizará sua Assembleia Geral, em que as contas devem ser aprovadas, segundo explicou Romeu em entrevista coletiva. Ele destacou que a exploração do estádio e a venda de bens ou alavancas ajudaram o time a recuperar suas finanças.

“O novo orçamento é conservador, mas estamos no caminho certo”, analisou o dirigente.

Nova temporada

O Barcelona projetou um lucro de € 274 milhões para a temporada 2022/2023, com faturamento de € 1,255 bilhão e gastos de € 1,017 bilhão. Em termos de receitas, o destaque é o aumento de arrecadação com o Estádio Spotify Camp Nou e também da área comercial.

Romeu explicou que o Barcelona receberá € 266 milhões pela venda de 10% dos direitos de TV em competições espanholas para a Sixth Street. Para o clube, esse negócio foi financeiramente melhor do que a opção oferecida por LaLiga e CVC.

“O custo da operação e o tempo de venda foram melhorados. Melhoramos a estrutura do contrato. Não há comparação entre uma opção e outra”, finalizou o vice-presidente de finanças.

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