O ex-atacante Didier Drogba, ídolo do Chelsea, perdeu a eleição para a presidência da Federação da Costa do Marfim (FIF), realizada na cidade de Iamussucro. Drogba recebeu apenas 21 de 131 votos do colégio eleitoral e deixou a disputa ainda no primeiro turno. Na rodada seguinte, Yacine Idriss Diallo derrotou Sory Diabaté por dois votos e conquistou o cargo. No turno inicial, Diallo liderou a disputa, com 59 votos contra 50 de Diabaté. No turno final, o vice-presidente da federação venceu a disputa por 63 a 61.
“Temos um novo presidente da FIF e devemos apoiá-lo em sua tarefa”, disse Drogba, após a derrota.
Durante a campanha, o ex-jogador, que contou com o apoio da FIFA, havia afirmado que sua candidatura iria limpar a gestão da entidade e traria mudanças. No entanto, críticos disseram que Drogba não deu nenhuma atenção ao futebol da Costa do Marfim desde que encerrou a carreira nos gramados. Ele não foi, por exemplo, assistir à participação marfinense na Copa Africana de Nações, disputada em fevereiro, em Camarões.
“Foi uma eleição livre e transparente. Tivemos uma votação apertada, na qual houve um vencedor, o princípio básico da democracia. Uma vez que o vencedor é conhecido, todos devem ficar ao seu lado para seguir em frente”, afirmou Diallo, que terá um mandato de quatro anos.
As eleições encerram dois anos turbulentos na FIF. Em dezembro de 2020, a FIFA nomeou um comitê para comandar o futebol no país, cujo mandato foi prorrogado. Drogba inicialmente foi informado de que não atendia aos critérios de elegibilidade para concorrer ao pleito, que foi adiado.
Diallo afirmou que “garantirá que a Federação de Futebol da Costa do Marfim volte à tona na África e no mundo”. O primeiro desafio virá já no ano que vem, quando a Costa do Marfim será a sede da Copa Africana de Nações. A bagunça prejudicou o desempenho da seleção nacional, que não se classificou para a Copa do Mundo do Catar 2022.