Durou pouco tempo a “aventura” da varejista britânica de carros on-line Cazoo pelo futebol europeu. Nesta quinta-feira (8), a empresa, que vinha usando a modalidade para passar a ter visibilidade, revelou que romperá todos os contratos de patrocínio assinados com clubes do continente, com exceção dos times da Inglaterra.
A empresa, que vinha ganhando força em mercados como Espanha, França, Alemanha e Itália, decidiu brecar o investimento e sairá de todos esses mercados. Com isso, serão impactados clubes como Valencia e Real Sociedad (Espanha), Olympique de Marselha e Lille (França), Freiburg (Alemanha) e Bologna (Itália). Vale destacar que alguns destes contratos haviam se iniciado na atual temporada, ou seja, há cerca de um ou dois meses.
A decisão de rompimento é o último capítulo de um plano de realinhamento de negócios revelado em agosto. A empresa decidiu que focará apenas no Reino Unido e se esforçará para alcançar lucratividade até o final de 2023. A mudança estratégica inclui melhorar a economia da unidade de varejo, reduzir custos e maximizar a liquidez.
A ideia é trabalhar esta mudança de forma a garantir uma “desaceleração ordenada”. A Cazoo planeja economizar mais de £ 200 milhões nos próximos 16 meses, o que mexerá também com uma série de colaboradores. Segundo o site britânico SportPro Media, aproximadamente 750 funções na empresa serão impactadas.
“Temos várias parcerias na Europa continental e trabalharemos com nossos parceiros para garantir uma redução ordenada desses relacionamentos no interesse de todas as partes”, disse um porta-voz da Cazoo ao SportsPro Media.
Para se ter uma ideia, de acordo com o site Valencia Plaza, ao longo do primeiro semestre do ano, a Cazoo aumentou suas perdas em 138% em relação ao mesmo período de 2021, chegando a £ 243 milhões.
O presidente executivo da empresa, Alex Chesterman, descreveu a situação como uma “decisão difícil, mas necessária para colocar a Cazoo no caminho da lucratividade até o final do próximo ano”.
A companhia não confirmou o custo financeiro para encerrar os patrocínios. Nos bastidores, especula-se milhões de libras, uma vez que alguns acordos tinham apenas cerca de um ou dois meses em vigor.
Ao menos por enquanto, os contratos no Reino Unido serão mantidos. Isso inclui o Aston Villa, da Premier League, além de investimentos em críquete, rúgbi, sinuca, dardos e turfe.