A Federação Saudita de Futebol (SAFF) apresentou, nesta terça-feira (10), uma carta de intenções à Fifa, declarando o interesse do país em sediar a Copa do Mundo de 2034. Com isso, a Arábia Saudita reforça a estratégia de atrair cada vez mais os grandes eventos esportivos mundiais para seu território, em uma tentativa de diversificar as fontes de receitas e se tornar menos dependente do petróleo.
O processo de candidatura foi acelerado pela Fifa, que estipulou, na semana passada, que os países interessados teriam apenas quatro semanas para confirmar a intenção de lançar uma candidatura.
Vale destacar que a entidade que comanda o futebol mundial só autorizará candidaturas de países da Ásia e da Oceania por conta do rodízio que pretende fazer ao redor do mundo para receber o evento. Também na semana passada, a Fifa definiu, em uma decisão histórica, que Espanha, Portugal, Marrocos, Uruguai, Argentina e Paraguai (seis países de três continentes diferentes) serão anfitriões da Copa do Mundo de 2030. Quatro anos antes, em 2026, Estados Unidos, Canadá e México serão as sedes do Mundial.
“A Copa do Mundo Fifa de 2034 é o nosso convite ao mundo para testemunhar o desenvolvimento da Arábia Saudita, vivenciar sua cultura e tornar-se parte de sua história. Estamos extremamente empenhados em apresentar a proposta mais competitiva possível, que também ajudará a unir o mundo por meio do futebol”, declarou Yasser Al Misehal, presidente da SAFF.
O dirigente ainda revelou que os sauditas já contam com o apoio de mais de 70 associações-membras da Fifa de diferentes continentes, inclusive da Confederação Asiática de Futebol (AFC), com o seu presidente, Shaikh Salman bin Ebrahim Al Khalifa, tendo afirmado recentemente que a entidade tem “total confiança” na capacidade do país árabe de receber o torneio.
De acordo com a imprensa europeia, Austrália e Indonésia, com possibilidade de inclusão da Nova Zelândia, estariam cogitando uma candidatura conjunta para tentar fazer frente à Arábia Saudita. Países com grande histórico esportivo, como Japão e China, não deram nenhum sinal de que poderiam lutar pelo evento, ao menos por enquanto.