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Atlético-MG aprova mudança na regra antidiluição, e capital do clube na SAF pode cair a 10%

Norma, que foi alterada pelo Conselho Deliberativo, era vista como empecilho para a entrada de novos investidores no Galo

Reunião do Conselho Deliberativo do Galo, que aprovou mudança na regra da SAF - Paulo Henrique França / Atlético-MG

O Conselho Deliberativo do Atlético-MG aprovou, na última terça-feira (16), a mudança na regra antidiluição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube.

Com a alteração, o capital da associação no negócio, que hoje é de 25%, poderá cair a um limite mínimo de 10%.

A mudança na norma é vista pelos gestores do futebol do Galo como essencial para a atração de novos investidores para a SAF.

Conforme noticiou a Máquina do Esporte, em recente entrevista concedida à Rádio Itatiaia, de propriedade de Rubens Menin (acionista majoritário da sociedade anônima do Galo), o CEO Bruno Muzzi referiu-se à cláusula antidiluição como sendo uma “barreira quase intransponível para o Atlético-MG receber novos investimentos”.

“O que estamos conversando e propondo ao Conselho é que a cláusula antidiluição, que mantém um percentual fixo da associação de 25%, seja revista para que não haja essa trava, para que na eventualidade de novos aportes, seja de investidores externos – que é a prioridade –, isso não impeça esse investimento de um terceiro”, disse Muzzi.

A alteração na regra antidiluição obteve 184 votos a favor e nove contrários. Ao todo, 193 conselheiros participaram da votação.

Segundo comunicado divulgado pelo Atlético-MG à imprensa, mesmo com a mudança, o clube associativo irá manter os “direitos garantidos pela Lei da SAF e a indicação de dois membros para composição do Conselho de Administração da SAF”.

Nos últimos tempos, o Atlético-MG, que possui um dos maiores passivos entre os times brasileiros, vive a expectativa de encontrar um novo investidor para a SAF, de modo a equilibrar suas finanças.

A equipe declara que possui, atualmente, uma dívida de R$ 1,3 bilhão. Porém, o Relatório Convocados/Outfield 2025 estima que esse total já ultrapasse R$ 2,3 bilhão.