O presidente do Barcelona, Joan Laporta, disse que o clube pretende lançar sua própria criptomoeda e coleções de NFTs (tokens não fungíveis). De acordo com o dirigente, essa é a melhor forma encontrada pelo clube para tentar competir com outros grandes clubes de futebol da Europa que são apoiados por investidores estrangeiros e fundos soberanos.
Em palestra durante o Mobile World Congress (MWC), em Barcelona, Laporta disse que a inovação digital poderia ser uma maneira de o Barcelona competir melhor com rivais mais bem financiados.
“Temos que ser capazes de obter os mesmos recursos que nossos concorrentes. O problema é quando as regras não são as mesmas para todos nós. Não podemos competir contra [clubes com financiamentos estatais, como PSG e Manchester City]”, afirmou o mandatário do Barcelona, que acumula dívidas na casa de US$ 1 bilhão.
Laporta argumentou que as novas tecnologias permitiriam ao clube competir com esse novo dinheiro, ao mesmo tempo em que pode gerar um bom engajamento da base de fãs global sem ela nunca ter ido ao Estádio Camp Nou.
“Existe um negócio tradicional [de futebol] que todo mundo conhece, mas existe um mundo novo e, neste mundo, para competir, temos que desenvolver um grande departamento de tecnologia e inovação. Estamos desenvolvendo nosso metaverso e nosso web3 e rejeitamos ser associados a uma criptomoeda”, acrescentou, referindo-se ao fato de que o Barcelona recentemente recusou uma oferta de patrocínio de uma empresa de criptomoedas.
“Queremos criar nossa própria criptomoeda, que ficará sob o controle do clube. Entendemos que temos que fazer isso sozinhos e temos talento suficiente no clube para desenvolver todas essas coisas. Com blockchain há muitas oportunidades. Acho que, em breve, apresentaremos nossos primeiros NFTs, e o motivo pelo qual estamos planejando isso é para ajudar nossas finanças. Temos 300 milhões de fãs ao redor do mundo e estamos trabalhando muito para registrar todos esses fãs. O big data é muito importante”, declarou Laporta, que em novembro do ano passado rompeu um contrato de patrocínio com a empresa de criptomoedas Ownix depois de um consultor ligado a ela ter sido preso.