A Nike está em vias de perder um de seus mais longevos e estratégicos contratos no futebol. Desde que passou a investir pesado na modalidade, na segunda metade da década de 1990, a marca norte-americana conseguiu conquistar algumas vitrines estratégicas nos principais mercados globais. Uma delas foi o Barcelona, clube com o qual a empresa possui contrato desde 1998.
Mas esse casamento de mais de 25 anos parece estar caminhando para o fim. Em um episódio recente de seu podcast oficial veiculado no Spotify, o presidente do Barcelona, Joan Laporta, informou que o clube decidiu rescindir o contrato, com base em supostas violações “flagrantes”, que teriam sido cometidas pela fornecedora.
O atual contrato da Nike com o Barcelona, que deveria vigorar até 2026, rende € 105 milhões (R$ 566 milhões, pela cotação atual) por temporada à equipe catalã.
No podcast, Laporta não especificou quais teriam sido as violações contratuais praticadas pela Nike. Ele informou, em todo caso, que a empresa apelou a medidas cautelares como forma de manter o acordo em vigor.
Laporta ainda revelou que a Nike chegou a sinalizar com um reajuste nos valores pagos ao Barcelona, mas a quantia oferecida não agradou à diretoria do clube. O dirigente alegou que o montante proposto pela marca estaria abaixo do que o mercado oferece.
Ele também afirmou que o Barcelona já conta com três opções na mesa para definir sua próxima fornecedora de material esportivo. De acordo com Laporta, a permanência da Nike não está descartada. Porém, a empresa norte-americana enfrentará concorrência acirrada da rival alemã Puma. Outra possibilidade seria o clube utilizar sua marca própria, a BLM.
Laporta não informou quando essa concorrência terá um desfecho. O prazo, segundo ele, será definido conforme as negociações avançarem.