Menos de um mês depois do anúncio do acordo de cinco anos com o Conselho de Desenvolvimento de Ruanda (RDB), Jan-Christian Dreesen, CEO do Bayern de Munique, negou as acusações de que o patrocínio teria qualquer relação com uma tentativa de “sportswashing” (“lavagem esportiva”, em tradução livre) por parte do país africano, como acusaram alguns grupos de direitos humanos.
Em uma reunião da Associação Europeia de Clubes (ECA, na sigla em inglês) na semana passada, Dreesen afirmou que o clube alemão não permite que seus acordos funcionem como plataforma para “sportswashing”, prática que acontece quando uma país tenta “limpar” a sua imagem internacionalmente por meio do esporte.
“Fazemos parte de um programa de apoio ao futebol juvenil, infantil e feminino. É claro que Ruanda quer trazer mais turistas para o país, para criar riqueza econômica e, assim, também combater a pobreza. Também estou ciente das acusações e críticas de que estamos recebendo dinheiro para patrocínio. Sim, aceitamos dinheiro por isso, somos remunerados nesta parceria”, disse Jan-Christian Dreesen.
“Mas estamos a contribuir para isso ao lidarmos com o problema abertamente, ao enviarmos treinadores para lá, ao construirmos uma academia de jovens, e assim por diante. Queremos fazer parte do desenvolvimento de Ruanda e estar mais envolvidos na África, que vemos como um continente de oportunidades”, acrescentou o CEO do Bayern de Munique.
Vale destacar que, em junho, o Bayern não renovou sua parceria com a Qatar Airways por ter sido muito criticado em decorrência do histórico de violação dos direitos humanos por parte do Catar.
Da mesma forma, Ruanda também conta com relações controversas quando o assunto são os direitos humanos, inclusive com o seu presidente sendo acusado de instaurar um regime autoritário no país.